Cap 64

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Já tinha levado Karine até a metade do caminho pra casa dela.

Eu tô me sentindo estranha.

O sexo com ela foi coisa de outro mundo, foi gostoso.

Por mais que a transa com ela foi sem compromisso algum eu fiquei meio assim.

Aí quando acordei hoje de manhã a primeira pessoa que veio na minha mente foi Julia.

Só tomei um café da manhã porque Karine fez.

Não senti fome no almoço e agora tô tomando um café puro sentada na lage e a casa toda fechada.

Larissa veio aqui me chamar mas fingi que não tava.

Ela me ligou e eu não atendi. Minha mãe também tá tentando falar comigo.

Pra ela só mandei uma mensagem falando que não queria falar no momento mas em breve eu retornava. Ela mandou um tudo bem e fique boa logo.

Não quero conversar com ninguém.

Já falei uma vez que meu mau é sentir demais. Do mesmo jeito que senti demais quando tava com a Julia eu tô sentindo demais agora.

Faz muita falta ouvir sua risada, as ideias malucas que a gente trocava, o seu desastre em pessoa..Quando nós fumava junto e fodia a noite inteira.

E como a nossa mente é traiçoeira já me levou em outras ideias. Aquelas lá do meu passado que cês bem conhece.

Fiquei pensando por onda anda aquele comédia que se titula como meu pai.

Veio várias lembranças e eu elas não saiam da minha mente.

Suspirei apagando meu paiero e descendo a escada.

Abri a porta da sala e fechei, peguei a minha bike no quintal da frente.

Abri o portão e sai com a magrela. Fechei o mesmo colocando a chave no bolso da bermuda e subi na bicicleta pedalando.

Andei por um tempo e cheguei no beco.

Avistei Luan e neguei com a cabeça.

- Tá fazendo o que aqui? - perguntei descendo da bike.

- Só vim pegar um verde. E tu? - fez um toque comigo.

- Também. - ele assentiu e eu entrei na biqueira atrás do mano Chaves. - Iae meu sócio. - cumprimentei ele que me olhou sorrindo.

- Eae minha camarada. Quanto tempo. - me abraçou. - Tá em busca da verdinha? Tô com um kank aqui bravíssimo.

Chaves é um negão tipo mr catra sabe? Maior firmeza.

- Também.. - ele me olhou estranho. - Pô Chavinho.. - cocei a cabeça. - Me vê aí uma paradinha diferente..Que tira dá realidade. - ele negou fazendo um som com a boca de reprovação.

- Que mané paradinha, Estér? Tá maluca? Vou te vender nada não uai. - falou bravo.

- Por favor memo negão..Se oc não vender eu foi na bica de baixo e aí lá eles podem dar mio comigo. - falei jogando um verde.

Ele parou um pouco e pensou. Foi lá pra dentro do barraco e voltou com uma seringa lacrada junto com um vidrinho de morfina.

- Que isso cê ta patrão memo em. - brinquei e ele tava com a cara fechada. - Qual foi negão, só um pouqinho..

- Cuidado viu menina..Isso aí é perigoso. - falou.

- Já esqueceu que eu era porra louca nas antigas meu véio. - falei rindo e dando uma nota de cinquenta pra ele. - Fica na paz. - fiz um toque e saí dali colocando o trem por dentro do top.

O que eu procuravaOnde histórias criam vida. Descubra agora