Cap 7

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Estér

Estava sentada na varanda com a Julia, o viado e a dona Roseli dando risadas das histórias que a mesma contava de quando era mais nova.

A gente já almoçou e agora estamos tomando uma cerva geladinha. Ela adorou a Julia, disse até que eu deveria ter trago ela aqui antes.

Acendi meu paiero depois que Julia e o viado foram buscar mais cerveja. Dona Roseli estava me olhando querendo me falar algo.

- Pode falar o que quer falar já mãe. Fica guardando não uai. - Falei soltando a fumaça.

- Ô minha filha, primeiro para de ficar fumando esse trem fedido. - Fez cara de nojo - E essa Julia aí?

Sabia que era isso.

- Cê sabe que eu não largo meu paiero dona Roseli. - Apaguei ele logo em seguida - Se quer saber se ela é minha namorada, a resposta é não. Julinha tem sido uma gran...

- Eai famíliaaa - Chegou Karine gritando, quando me viu veio logo de sorrisinho. Revirei os olhos.

- Lá vem. Eai doidinha - Falei fazendo um toque com ela.

- Eae família, Karine? - Dona Roseli perguntou bravona com a mão na cintura - Não ia voltar de manhã filha da puta?

- Ops mãezinha, desculpa mas acabei que fiquei pra furar bóia na casa da tia Alice - Ela disse tentando acalmar a mãe.

- Tô de olho em você viu menina, toma cuidado. - Ela disse indo pra dentro. e Karine se sentou do meu lado acendendo meu paiero e colocando na boca.

- Tá doida desgraça - tomei o paeiro da sua mão, apagando de novo. - Quer fumar vai pedir pra sua mãe, quero problema pro meu lado não fia.

- Que isso, chatona em - Falou passando a mão na minha perna e chegando perto do meu rosto, quando fui pra tirar a mão dela e me afastar..

- Aiai que calor do caraio minha gente - viado chegou junto da Julia e foi pra dentro, enquanto ela me encarava com um ponto de interrogação na cabeça colocando as cervejas na mesinha.

- Ai que menina linda, quem é? - Karine perguntou olhando pra Julinha. - Cacete que corpão, prazer sou a Karine, irmã do Luiz.

- Oi Karine, sou a Julia. Amiga dessa muié aí ó - apontou pra mim sorrindo, acho que foi um sorrisinho falso. - E obrigada, você também é linda. - Se sentou do meu lado.

- Ahhh sim - Karine me olhou sorrindo - Bom vou tomar um banho e dormir porque eu badalei muuuito ontem, beijinhos. - Saiu.

- Você tem alguma coisa com ela? - Perguntou na lata me olhando.

- Ciúmes já, Julinha? - Tirei onda e ela me olhou puta.

- Hahaha - Riu falsa - Não é ciúmes não viu meu bem, é só que você me trazer pra casa de uma menina que você tem algo depois do que aconteceu ontem é horrível da sua parte. Rum.

Olhei pra ela e a mesma estava com as bochechas rosadas e um bico lindo. Dei um sorriso admirando o quanto ela é linda.

- Pode ficar tranquila Julinha, Karine é assim comigo já tem um tempo. Eu nunca rendo pra ela, ela só tem 16 anos e outra, só faz pra provocar só. Relaxa. - Segurei no seu queixo e dei um selinho rápido.

- Hm. Então tá. - falou cheia de marra, mas acabou dando um sorriso.

Quando já era tarde levei a Julia pra casa dela, trocamos uns beijos e voltei pra minha. Afinal, precisava de um banho e descansar porque amanhã o trampo era certeiro. E trabalhar em lugares onde alguns clientes não tem senso cansa a minha beleza.

O que eu procuravaOnde histórias criam vida. Descubra agora