Cap 59

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Acordei com a boca seca e vi Luara dormindo na poltrona do lado.

Olhei pros lados e a claridade lá de fora fez eu fechar os olhos novamente.

Abri de novo me acostumando e uma enfermeira entrou no quarto.

- Tudo bem? - assenti apontando pra minha boca. - Água? - assenti.

Ela pegou água e me deu na boca. Bebi água pra carai.

- O doutor Alexandro está numa consulta agora, mas quando ele desocupar ele vem até você pra ver se tá tudo bem. Provavelmente você vai ter alta amanhã. - assenti agradecendo ela. - A propósito, eu sou Lurdes. - sorriu simpática e saiu.

Luara acordou e eu ri da cara que ela fez. Ela me olhou e sorriu se levantando.

- Eles podiam colocar uma caminha aqui. - falou se espreguiçando. - Tá tudo bem? - assenti.

- Tá fazendo o que aqui? - perguntei levantando a roupa de hospital e vi que tava só de boxer.

Puxei mais pra cima vendo outro curativo em cima do machucado de antes.

Tirei e tinha cinco pontos. Tampei novamente suspirando e abaixando a roupa azul.

- Eu vim ficar com você uai. - falou se sentando na cama onde eu tava.

- Cade Bia e o negão lá? - perguntei me sentando um pouco e ela se levantou vindo me ajudar.

Ela ajeitou o travesseiro um pouco e nossos olhos se cruzaram.

Fiquei olhando pra ela e ela desviou se levantando e sentando na onde tava antes.

Que foi isso?

- Hm..É..Eles foram embora ontem a noite. Diana e Elisa foi com a Julia pra casa dela e eu vim ver como cê tava. - assenti.

- Ela não falou mais nada? - perguntei e ela suspirou.

- Ela disse que tava confusa..Não sei muito bem o porquê. - assenti rindo. - Eu não acho você um monstro...

- Mas Julia acha. - falei engolindo em seco. - Eu vou lá conversar com ela quando sair daqui. Pode pedir pra alguém lá arrumar minhas coisas? Dependendo da conversa já vou embora. - ela assentiu.

- Cê só quis proteger ela..Pelo o que eu entendi foi alguma coisa do passado né? - assenti. - Enquanto você ficar aqui vocês pensam nas coisas certinho.

Concordei com ela e o médico entrou.

- Bom dia flor do dia. - dei risada o cumprimentando com a cabeça. - Você não é daqui né dona, Estér Ribeiro? - neguei. - Amigas? - apontou pra mim e pra Luara e eu dei de ombros vendo a cara de ofendida que ela fez. - Bom, Estér. Seu machucado de antes já estava bom, mas ainda era muito recente, entende? - assenti. - Um pouquinho mais que aquele caco de vidro entrasse em você poderia dar complicações mais.. - procurou as palavras certas. - Complicadas? - ri e ele também. - Você tem que ficar de repouso, demos três pontos internos e cinco externos. Se tudo correr bem, depois de amanhã você já tem alta. - assenti fazendo careta. - Alguma dor? - apontei pra cabeça. - Ok. Já a enfermeira vem colocar um remédio no seu soro. - assenti.

- Valeu mesmo, Doutor. - agradeci pegando na mão do mesmo e ele sorriu se saindo.

- Vai querer mesmo ser minha acompanhante durante esses dois dias? - perguntei e ela assentiu. - E a faculdade? - perguntei.

- Fiz minha mãe ligar lá e dar os migué dela. Volto só segunda.

Dei risada negando.

- Eu tô tentando mostrar pra eles que eu tô me tornando mais independente, segui seu conselho. - sorri. - Sábado eles vem e aí vou ter uma conversa séria.

O que eu procuravaOnde histórias criam vida. Descubra agora