Cap 30

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Julia

Eu estava amando tudo isso de conhecer a família da Estér, muito feliz em ver minha garota feliz por ter resolvido tudo entre elas.

Agora estamos caminhando até um parquinho aqui perto. Aninha falava demais no colo da irmã e o João ia na bicicleta empinando.

Os meus cunhados são lindos e tão amorosos, eu tô apaixonada.

Tinha um monte de gente ali no parquinho. Um monte de crianças e numa pracinha ali tinham umas meninas e uns caras fumando.

Fui mais pra perto da Estér e ela entrelaçou nossas mãos dando um beijo na minha aliança.

Preço minhas estruturas, não dá.

- Tetér quero escorregador!! - Aninha gritou chamando a atenção de umas pessoas.

- Nós vamo lá parceira, calma aí trem. - Estér respondeu na pura calma indo até o escorrega. - Aí João, vem cá.

João veio até nós e eu fui pra colocar a Ana no trem mas ela não deixou disse que já era grande e que conseguia sozinha.

- Pode deixar Julia, ela sempre sobe sozinha mesmo. - assenti e quando fui ver ela já tava pronta pra escorregar.

- Aí João, fica andando só por aqui tá bom campeão? - minha gata disse toda séria e ele assentiu. - Vigia em, não some. Vou ficar por aqui mesmo pra olhar a Ana.

- Fica de boa garota. Já sou homem.

Demos risada e ele saiu com a bicicleta.

- Olha Tetér o que eu faço!! - Aninha disse empolgada escorregando rapidão. Menina doida, igual a irmã memo.

- Aí sim em Aninha, tem que ter adrenalina.

Ficamos um tempinho ali e depois a Ana foi pra outros brinquedos enquanto eu sentei com a Estér embaixo de uma árvore ali perto.

Ela acendeu o paiero dela se encostou na árvore e eu me encostei no meio das suas pernas vendo a Aninha brincar e se divertir.

Fiquei pensando em mim e na Estér daqui uns anos se estivermos juntas.

- Vida?

- Hmm? - resmungou colocando meu cabelo pro lado e dando um cheiro no meu cangote.

Arrepiei.

- Fraca!! - disse rindo, bobona mesmo. Faz pra provocar. - Solta a voz Julia.

- Cê pensa em ter filhos? Casar? - perguntei e ela ficou quieta por um tempo, apagou o paiero e se ajeitou.

- Sinceramente? - assenti. - Não. Pelo menos nunca pensei nisso. Pode ser que acontece daqui uns 10 anos sabe? Acho que é uma responsa do caralho tanto casar ou ter filhos... E você? Pensa?

- Casar não. Mas quem sabe adotar uma criança sabe? Sempre quis adotar um menininho. Mas também daqui muito tempo. Agora quero viver. Quem sabe ingressar numa facul.

- Atitude maneira. Quem sabe eu não faça parte desse teus planos algum dia em?

- Você não tem o direito. - falei rindo e ela me olhou confusa. - Você fala essas coisas e eu fantasio mais um monte na minha cabeça achando que pode acontecer.

- Mas o que impede disso acontecer? A gente se gosta pra caramba.

Meu coração amoleceu e ficou quentinho em ouvir isso.

- Eu não te conto as coisas mas as vezes também penso da gente juntas lá na frente...

Ok. Eu estou totalmente surpresa. Sorri pra ela e ela retribuiu me dando uma visão linda do sol batendo em seu rosto e seus olhos castanhos brilhando. Aquela boquinha carnudinha molhada por conta da saliva dela e aquele sorriso lindo.

O que eu procuravaOnde histórias criam vida. Descubra agora