Acordei com alguém chamando no portão.
Olhei no relógio e eram 6:30 da manhã.
Puta que pariu eu não acredito numa coisa dessa.
Lembrei da Nicole e levantei correndo, mas chegando ela era a Karine.
Abri o portão e ela tava caindo de tonta.
Puta merda viu criança.
Só dei passagem pra ela entrar e ela entrou meio que dando risada.
- Puta que pariu mas que caralho vc tem que cair aqui em casa. Tanto lugar e olha a hora meu.
Xinguei e ela nem aí, só deitou no sofá e morreu.
Voltei pro quarto e dormi de novo.
Aí acordei com meu celular vibrando. Era Julia.
Atendi meio grogue de sono.
Ligação on:
Vida: Bom dia amor da minha vida. - falou sorrindo feliz. - Jesus que cara é essa. - ouvi um som de fundo. Pelo jeito tava lavando roupa.
Eu: Bom dia, minha noiva. - disse desanimada me levantando. - Que horas são.. - olhei pro relógio e marcavam 10:50.
Vida: Hora de acordar né preguicinha. - sorri pra ela me recompondo. - Ah melhorou.
Eu: Parece que um caminhão passou por cima de mim. - fui pro banheiro escovar dente e jogar uma água no rosto. Me sequei e peguei o celular de novo. - Tá animada em gostosa.
Vida: Tô lavando umas roupas de cama aqui. Aproveitando esse calor. - assenti. - Vai fazer alguma coisa hoje? - neguei indo pra sala e vendo Karine jogada no chão.
Eu: Olha a situação. Chegou aqui sete horas da manhã caindo de tonta esse raio. - fui ver se ela tava respirando e tava.
Vida: Misericórdia essa menina tá cada vez pior. Que isso. - falou se erguendo pra pegar alguma coisa e mostrando o corpo.
Eu: Que gostosa. - falei abrindo a janela do quarto e depois da cozinha(...)
Conversei um tempão com a minha linda. Falei pra ela sobre a Nicole e tudo.
Depois fui ajeitar um almoço porque eu tava cheia de fome.
Mas adivinhem.
Tinha nada nos armários e nem na geladeira.
Eu fico adiando pra ir no mercado e acontece isso.
Olhe pra porta vendo a assombração da Karine.
Neguei com a cabeça.
- C a r a l h o. - disse pausadamente colocando a mão na cabeça.
- Caralho cê vai ver sua mãe na hora que te ver assim. - me olhou com cara feia. - Se eu ver ela eu conto.
- Chata. - mostrou língua e eu coloquei a mão na buceta por cima do short rindo. - Dá.
- Sai fora. Quero não. - tomei meu cafezinho preto e coloquei uma regata. - Vou no mercado. Vem?
Ela assentiu. Foi correndo escovar os dentes e dar um jeito naquela cara.
Descemos o morro e fui no mercado do centro.
- Eu nem vou te falar nada. Cê tá chegando nos 18 então beleza. Eu era pior. - ela riu. - Mas ainda sim vou te dar só um conselho. - ela me olhou atenta enquanto eu ia pegando as coisas que precisava. - Da uma segurada. Cê acha que sua mãe já não tá sabendo dessas coisas que você anda aprontando? Não é legal pra nenhuma mãe não, ainda mais a sua.
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O que eu procurava
Storie d'amore"me segure e não me deixe partir, por favor não desista de mim não. Me leve e não me deixe partir..."