Cap 89

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Acordei com alguém chamando no portão.

Olhei no relógio e eram 6:30 da manhã.

Puta que pariu eu não acredito numa coisa dessa.

Lembrei da Nicole e levantei correndo, mas chegando ela era a Karine.

Abri o portão e ela tava caindo de tonta.

Puta merda viu criança.

Só dei passagem pra ela entrar e ela entrou meio que dando risada.

- Puta que pariu mas que caralho vc tem que cair aqui em casa. Tanto lugar e olha a hora meu.

Xinguei e ela nem aí, só deitou no sofá e morreu. 

Voltei pro quarto e dormi de novo.

Aí acordei com meu celular vibrando. Era Julia.

Atendi meio grogue de sono.

Ligação on:

Vida: Bom dia amor da minha vida. - falou sorrindo feliz. - Jesus que cara é essa. - ouvi um som de fundo. Pelo jeito tava lavando roupa.

Eu: Bom dia, minha noiva. - disse desanimada me levantando. - Que horas são.. - olhei pro relógio e marcavam 10:50.

Vida: Hora de acordar né preguicinha. - sorri pra ela me recompondo. - Ah melhorou.

Eu: Parece que um caminhão passou por cima de mim. - fui pro banheiro escovar dente e jogar uma água no rosto. Me sequei e peguei o celular de novo. - Tá animada em gostosa.

Vida: Tô lavando umas roupas de cama aqui. Aproveitando esse calor. - assenti. - Vai fazer alguma coisa hoje? - neguei indo pra sala e vendo Karine jogada no chão.

Eu: Olha a situação. Chegou aqui sete horas da manhã caindo de tonta esse raio. - fui ver se ela tava respirando e tava.

Vida: Misericórdia essa menina tá cada vez pior. Que isso. - falou se erguendo pra pegar alguma coisa e mostrando o corpo.

Eu: Que gostosa. - falei abrindo a janela do quarto e depois da cozinha(...)

Conversei um tempão com a minha linda. Falei pra ela sobre a Nicole e tudo.

Depois fui ajeitar um almoço porque eu tava cheia de fome.

Mas adivinhem.

Tinha nada nos armários e nem na geladeira.

Eu fico adiando pra ir no mercado e acontece isso.

Olhe pra porta vendo a assombração da Karine.

Neguei com a cabeça.

- C a r a l h o. - disse pausadamente colocando a mão na cabeça.

- Caralho cê vai ver sua mãe na hora que te ver assim. - me olhou com cara feia. - Se eu ver ela eu conto.

- Chata. - mostrou língua e eu coloquei a mão na buceta por cima do short rindo. - Dá.

- Sai fora. Quero não. - tomei meu cafezinho preto e coloquei uma regata. - Vou no mercado. Vem?

Ela assentiu. Foi correndo escovar os dentes e dar um jeito naquela cara.

Descemos o morro e fui no mercado do centro.

- Eu nem vou te falar nada. Cê tá chegando nos 18 então beleza. Eu era pior. - ela riu. - Mas ainda sim vou te dar só um conselho. - ela me olhou atenta enquanto eu ia pegando as coisas que precisava. - Da uma segurada. Cê acha que sua mãe já não tá sabendo dessas coisas que você anda aprontando? Não é legal pra nenhuma mãe não, ainda mais a sua.

O que eu procuravaOnde histórias criam vida. Descubra agora