Cap 3

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1:40 da manhã e o povo tudo doido, depois de várias rodadas de cerva, Luiz inventou de tomar tequila e aí já viu né.

Ninguém sai em consciência daqui, mas eu ainda tava de boa.

Larissa sumiu mesmo, Luiz tava pra lá de bagdá e eu sabia que ia ter que cuidar dele.

Levantei pra ir no banheiro, fiz meu xixi, lavei as mãos e quando ia saindo uma mão me empurrou pra dentro de novo de uma vez.

Quando fui ver era a tal Julia, ela veio me beijando desesperadamente, no começo eu estranhei mas logo fui correspondendo.

Ela segurava na minha cintura com uma certa força e tava com aquele gostinho de cerveja na boca o que tornava tudo mais gostoso (e eu julgando a menina como tímida).

Foi parando o beijo e dando selinhos no final, assim fomos recuperando o fôlego.

Me olhou e sua boca tava vermelha por conta do beijo. 

Sorriu e eu me perdi ali por um breve momento.

- Julinha que isso, eu não esperava. - Eu disse e ela ainda tava com as mãos na minha cintura.

- Muito lerdinha em Teté, tava me olhando lá o tempo inteiro e eu esperando você me dar algum sinal ou algo assim e nada. Tive que fazer alguma coisa pra matar essa vontade que eu tava de te beijar des...

Não deixei ela terminar e puxei ela pra um outro beijo, um beijo gostoso memo, desci a mão pela bunda dela e dei uma apertadinha.

No mesmo instante ela deu um suspiro que ali mesmo acabou comigo.

Acabei o beijo com dois selinhos e olhei pra ela que tava sorrindo e mordendo o lábio inferior.

- Vamos? - A vontade era de falar pra nós ficar mais um porquinho mas eu só assenti com a cabeça e saímos.

Ela foi indo na frente e eu fui no balcão pedir uma garrafinha d'água pro meu viado. Certeza que vai precisar.

Segui pra mesa e ela já estava lá sentada com aquela carinha de anjo dela.

Balançei a cabeça negando e fui falar com o Luiz que tava chorando cantando Marília Mendonça.

- Bora viado, vamo dormir lá comigo hoje. - Falei entregando a água e ele foi bebendo.

- Ai amiga eu te amo, obrigado amiga, obrigado. - Falou chorando e eu ri ajudando ele a se levantar.

Quem não tem um amigo desse que atire a primeira pedra.

Fui me despedindo do pessoal e aproveitei pra pegar o número da Julia, usando a desculpa que iria dar uma festa e a chamaria.

A mesma passou o número e quando ela foi me dar um beijo no rosto, virei e acabou num selinho. Ela sorriu e eu saí.

Fui ajudando a bixa a andar, e ele se pendurou no meu pescoço.

O que era pra ser 15 minutos de casa acabou se tornando 40, pq o Luiz inventava de sentar chamando o boy dele, vê se eu posso com isso cara.

Depois de muita luta cheguei, abri o portão e já fui colocando o viado pra tomar uma ducha gelada.

Ele reclamou um pouquinho mas logo se acostumou. Separei uma bermuda minha pra ele e fui pegar um remédio pra enjoo e pra dor de cabeça e deixei na mesinha do lado da cama com um copo de água.

Ajudei ele a se secar e se vestir e ele capotou na minha cama, empurrei ele mais pro lado e coloquei uma camiseta e uma calcinha pra dormir também

Amém que no sábado a gente não trampa. Virei pro lado e capotei também (...)

Acordei às 9 horas, Luiz dormindo, levantei, tomei um banho, escovei dente e fui fazer um café da manhã pra gente.

Fui na padaria do lado de cima da minha casa e comprei pão de queijo e bolachinha de sal.

Voltei e a belezura ainda dormindo, tomei meu café e fui ver meu wpp, lembrei que tinha salvo o número da Julia e já pensei em chamar ela, mas aí bateu neurose de ficar igual chiclete.

Decidi não mandar.

Esperar um pouquinho, curti essa nega pra carai.

Liguei a tv e coloquei na netflix, que meu viado compartilha comigo. Coloquei logo orange, que eu já assisti duzentas vezes, mas não canso nunca.

Fiquei assisitindo e quando deu 12:00 uma assombração apareceu no corredor.

- Misericórdia - Coloquei a mão no peito - Pensei que fosse o chuck.

Falei rindo e a bixa mandou o dedo. Me fiz de ofendida e ele foi tomar café e logo voltou.

- Amiga passei muita vergonha?

- A única vez que eu vi você passando vergonha foi quando tava chorando lá no boteco com as sofrências da Marília- falei lembrando e dando risada - Trabalhão pra trazer você aqui miséra.

- Ahh isso é normal, você sabe. Mas eai? Como que foi com a Julia?

Olha não tava tão doido assim né, se faz.

- Nem faz essa cara de sonsa que eu vi bem ela entrando no banheiro com você lá dentro. - olha que bixa mais filha da mãe

- A gente se beijou ué - Fiz pouco caso pra que ele não fizesse mais perguntas.

- Você não me engana não Teté, podia tá acabada mas não tava morta não viu - Disse se levantando - Vou pegar minha coisas e já vou partir também, dona Roseli vai querer me matar quando ver que não dormi em casa sem avisa-lá.

- Vai otário, tomara que xinga mesmo. Bebe mais.

Ela me ignorou e saiu rebolando sua bunda até o quarto, pegou suas coisas e foi embora.

No almoço deu uma preguiça de cozinhar que pedi uma marmitex do restaurante que tem aqui e me acabei, comida mineira é a melhor que tem e sem mais.

Fiquei assisitindo série o resto da tarde e não me aguentei, mandei mensagem pra Julinha.

Wpp on
Eu: salva aí julinha, Estér aqui.
Julinha: aopa, não tá conseguindo esquecer meu beijo, pretinha?

.
.

Ah pronto, além de doida é convencida.

O que eu procuravaOnde histórias criam vida. Descubra agora