Cap 29

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Depois de conversar muito com a minha mãe a gente desceu pra jantar.

Foi muito diferente do que eu pensei e foi a melhor coisa que já fiz na vida, deixar o orgulho de lado e compreender, perdoar.

Eu tinha mil motivos pra nunca mais querer olhar na cara dela mas graças a minha mãe Roseli, que me fez abrir os olhos eu fiz a melhor escolha.

Sentamos pra jantar todos felizes e aproveitando o momento. Ricardo também cozinha bem pra cacete.

Comi pra carai, Julia e minha mãe estavam lavando a louça e eu fui colocar a Aninha pra dormir.

- Cê não vai tomar um banho não, fedida? - falei vendo que o pé dela tava preto de sujeita.

- Ai Tetér, eu tô tão cansada. - fez drama abrindo a boca.

Relutei até ela ir tomar um banho, peguei seu pijama e ajudei ela se secar.

Deitei com ela na cama e fiz um carinho até ela dormir.

- Obrigada por não ter desistido da gente, Tetér. Eu ti amo..

Falou cochilando, sorri e dei um beijo na sua testa. Apaguei a luz , deixei só do abajur acesa e desci.

Ricardo tava jogando com o João e minha mãe na cozinha com a Julia conversando.

- Dormiu? - perguntou e eu assenti indo me sentar perto da minha muié.

- Tudo bem? - assenti pegando sua mão e deixando um beijo ali na aliança.

Ela sorriu e depois ficamos ali tirando onda e trocando ideia até altas horas.

Marcamos 10 ali e fomos dormir. Dormir não né, fofocar.

Coisa que a Julia sempre faz comigo toda noite e ainda mais agora que ficamos esses dias sem trocar muita ideia.. Tem história pra caramba.

E antes que me julguem, eu não sou fofoqueira ok? Fofoqueiro é quem espalha as coisas, eu só faço a análise com minha mina.

Agora mesmo ela tá contando sobre a mulher que tomou madeirada no morro onde mora porque mexeu com homem casado e sabia.

- Te juro vida, chegou toda quebrada enfaixada parecendo múmia.

Falou deitada no meu peito e passando as unhas na minha barriga.

- Esse é o mandamento né Julia, sorte a dela que não caiu na vala. Aprendizado.

Ela concordou e já emendou em outro assunto falando sobre nossas fantasias do carnaval. Caraca semana que vem já.

- A gente vê isso depois Julia, vamo dormir cara. - falei já fechando os olhos. 

- Você não merece a mulher tagarela que tem, rum. - sorri e puxei ela pra dormir de conchinha.

- Claro que eu mereço, mas vamos deixar pra outra hora..Tô cansadona, semana foi puxada.

- Ohh dó da minha bebezinha gente - falou fazendo voz de bebê e fazendo carinho.

Rapidinho dormi. (...)

Acordei com gritos e risadas de Aninha, João e até da Julia. Puta merda.

- Acorda Tetér - Aninha subiu em cima de mim e eu puxei ela pra baixo fazendo cócegas escutando ela gritar e dar risada.

A mesma conseguiu escapar e eu peguei o João também.

- Tá achando que vai se safar é filho da mãe.

- Paaa...ra Estér...Ô maanhêê!! - gritou e eu soltei ele que saiu correndo dando risada - Otária quero ver me pegarrr.

Bichinho filho da mãe em.

Depois puxei a Julia que deu um gritinho ao cair na cama.

- Vai fazer cócegas em mim também?

Neguei.

- Não.. Seu castigo vai ser bem pior. - falei indo pro banheiro tomar um banho.

Uns 5 minutos depois Julia chegou com nossas roupas e entrou pra tomar uma ducha comigo.

- Fiquei curiosa..Qual vai ser meu castigo?

- Nada demais não. Esfrega minhas costas. - falei lhe entregando a bucha.

Julia esfregou minhas costas, eu lavei o cabelo dela e depois fiquei provocando ela um pouco.

- Sempre molhada pra mim né Julinha.

Passei os dedos levemente na sua buceta e ela foi logo abrindo as pernas.

Coloquei um dedo dentro dela e fui metendo bem devagar, coloquei mais um e ela gemeu baixinho me olhando. Acelerei um pouco o ritmo e fiquei até ela anunciar que ia gozar.

Parei bem na hora e ela me olhou brevíssima e ofegante.

- Que foi? - perguntei me saindo do box e pegando a toalha pra me secar. - Cê não queria saber qual era seu castigo?

Falei e ela me jogou água se virando pra terminar seu banho.

Dei risada me secando e vestindo a roupa. Vesti um shortinho largo e minha camiseta vinho. Escovei os dentes e saí em busca do meu perfume.

Passei perfume, coloquei minha correntinha e peguei minha havaiana.

Dei um trato no cabelo e Julia saiu já de roupa do banheiro brabona.

Passou por mim e eu dei um tapa na sua bunda monumental.

- Olha Estér, você tá linda. Gostosa pra caralho, mas não dirija a...

Nem deixei essa doida terminar de falar, puxei ela e a envolvi nos meus braços apertando forte sua cintura e dando um beijo daqueles.

Ela tentou se soltar mas eu sou brasileira ne... Insisti e ela parou de relutar me cedendo o beijo. Fraquinha fraquinha.

Terminei com dois selinhos e ela se encontrava com os olhos fechados.

- Eu me odeio por não conseguir a resistir a tentação que você é com cheirinho de sabonete.

- Eu sei que você se virou lá com seus dedinhos mágicos Julinha. - ela me olhou com a sobrancelha arqueada. - Te conheço mais do que imagina.

Dei risada da careta que ela fez e ajudei ela a pentear o cabelo.

- Linda, mil vezes linda. Eu sou muito apaixonada em você, minha gata. - falei a abraçando por trás e indo até a cozinha.

Ainda eram 7:35. Olha a hora que esses trem me acordaram.

Cumprimentei minha véia com um abraço e um beijo.

- Bença Dona Luiza.

- Deus abençoe preta. Que baderna foi aquela lá em cima em?

Olhei pro João e pra Aninha que tinham maior cara de anjinhos e espremi os olhos.

- 3 pestes foram me acordar e depois não aguentaram as consequências.

Falei dando bom dia pro Ricardo e Julia me olhou desacreditada pelo que falei.

Acho que eu me dava mal com o Ricardo antes por ser muito imatura e egoísta. Pensava que minha mãe deveria ficar só comigo e pronto.. Mas isso é passado.

- Mamãe a gente não fez nada, eu juro. - Ana falou na cara de pau. Ô menininha.

Ficamos zoando ali esperando o café e rindo.

Minha mãe fez um bolo de fubá que tava até derretendo na boca. Café forte e doce do jeito que eu me amarro.

Eu e Julia decidimos levar as crianças pro parquinho que tinha ali perto depois de arrumar o quarto e secar o banheiro. 

O que eu procuravaOnde histórias criam vida. Descubra agora