O que eu procurava

Cap 76

Um tempo depois...

Julia.

Estér apertava minha mão ansiosa e só se ouvia os gritos da Gisele lá dentro.

Nicole resolveu nascer e nós já estamos no hospital à umas 8 horas.

- Caralho mas será que tá tudo bem memo amor? - perguntou pela milésima vez.

- Tá sim vida. Faz parte, é normal. Claro que que ela vai sentir dor. - falei acariciando sua bochecha.

Estava nós duas e mais outras três pessoas aqui.

Uma menina é irmã de Gisele, a outra é prima e a outra eu acho que é amiga.

E essa inclusive as vezes olha pra Estér e dá um sorrisinho.

Minha gata tá tão afobada que nem tá vendo, mas eu tô e muito.

Deixa estar, deixa.

- Ainda bem que você não vai passar por essas parada né? - assenti sorrindo.

Eu não quero engravidar, Estér então muito menos né.

Mas a gente pensou em adotar, mas bem mais pra frente.

Eu encerrei meu primeiro período na faculdade e agora tenho vinte e cinco dias de férias.

Uma doidera porque eu comecei a facul em abril e o certo é começar em fevereiro por aí. Aí eu teria as férias de julho, dezembro, janeiro. Mas tá bom, posso nem reclamar.

Deu o que fazer pra conseguir uma bolsa cem porcento gratuita então vamo fazer sem reclamar.

Eu tô cada vez mais apaixonada no meu curso e não vejo a hora de me formar.

Eu saí do meu emprego lá na fábrica e mandei uns currículos pra algumas unidades de ensino e aprendizagem pra atuar como estagiária.

No segundo período eu já posso começar a estagiar e eu tô ansiosa demais.

Meu relacionamento com Estér tá cada vez mais intenso.

A gente sempre esquece a parte que ficamos separadas, então logo menos fazemos um ano juntas.

Ela é linda comigo, é um amor. As vezes a gente entra em atrito mas sempre é resolvido no diálogo.

Resolvi ficar esse tempo aqui com ela e aproveitar muito.

Sempre ela ia ficar lá em casa comigo e me ajudava a estudar.

A loja dela tá um estouro. Muita gente vai pro São Luiz só pra conhecer lá.

Fazendo maior sucesso mesmo, apesar de muita inveja.

Denunciaram lá duas vezes como ponto de droga.

Quase que ela vai presa mas como não tinham provas liberaram ela.

Foi horrível pois fecharam lá por dois dias e ficava cheio de polícia na porta.

Reviraram tudo e nem se deram ao trabalho de arrumar.

Estér ficou mal, eu fiquei mal por ela, não só eu como um monte de gente.

Ela foi na delegacia, conversou com um delegado lá. Explicou toda situação e ele acreditou nela.

Mas os policias não foram banidos por tal ato desumano pois estavam apenas "cumprindo com o trabalho deles".

Mas enfim, ela conseguiu se reerguer, perdeu muito cliente mas também ganhou muito.

E agora tá aí firme e forte.