"Conquistar nossos sonhos é um dos melhores prazeres da vida, mas a realização vêm carregada de situações que nem em sonhos poderíamos imaginar, amizades, aprendizados, amores, e momentos que você pensa que não é forte o suficiente.
Mas eu garanto...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Ela estava morrendo de fome por isso levantou mais cedo, já entrou na recepção imaginando o que teria no café da manhã naquele dia. – A chave do chalé 4 por favor. – pediu para o recepcionista, toda vez que saiam do hotel tinham que deixar a chave ali. Enquanto ele pegava a chave para ela, Lúcia viu um panfleto anunciando que teria uma espécie de balada na vila, ficou surpresa a vila não era muito grande então não imaginava que havia baladas por lá. – Sabe se essa balada é boa? – perguntou para o recepcionista quando ele entregou sua chave. – Não é tão grande mas toca algumas músicas boas. Luci assentiu e agradeceu e foi direto para o restaurante, o cheiro de comida fez seu estômago roncar, olhou em volta mas não viu nenhum dos amigos. Foi até onde estavam os pratos e foi se servir, o restaurante da ala norte era uma espécie de self-service, e era bem mais barato que o restaurante da ala sul que ficava no último andar do hotel, ouviu dizer que a vista era espetacular de lá. Ela parou ao lado de uma garota esperando a mesma servir e viu que a garota estava tendo dificuldades para segurar o cabo da colher, Luci ficou surpresa ao perceber que era a Kim, tinha ouvido dizer que a menina havia ficado com algumas sequelas depois do acidente e que havia trancado o curso, pois não conseguia mais tocar violino. – Quer ajuda? – ofereceu. A menina olhou para ela assustada pelo visto não tinha percebido a garota ali. – Ah, sim, obrigada. – respondeu sem graça. Luci colocou a comida no prato da garota e a mesma agradeceu mais uma vez. Ela foi andando em direção a uma mesa, mas parou no meio do caminho e se virou. – Lúcia? – chamou incerta, a menina olhou esperando. – É só que eu nunca tive a oportunidade de dizer, mas... eu sinto muito por tudo que aconteceu. Ela virou e foi até a mesa mancando o mais rápido que conseguia antes que Luci pudesse dizer algo.
Luci decidiu andar ao redor do hotel sem saber bem para onde ia quando achou um local para sentar, dava para ver que aquele lugar era uma espécie de mirante, a vista dali era de tirar o fôlego, dava para ver uma parte da vila e as montanhas ao fundo cobertas de neve, imaginou como seria ver o nascer do sol naquele lugar e fez uma anotação mental para voltar ali no outro dia de manhã. Ficou observando a paisagem por um tempo, tinha saído sozinha pois queria um lugar tranquilo para escrever, mas agora que estava ali não tinha vontade de escrever resolveu apenas ficar sentada ali por um tempo aproveitando a tranquilidade. Pensou que o clima no chalé estava tenso, no início não sabia bem o porquê mas lembrou que a Letícia trabalhava no jornal e logo ligou os pontos, com certeza tinha algo a ver com aquilo, mas ainda assim ela sentia que a garota do jornal olhava para ela de modo diferente, não de um jeito ruim, apenas com curiosidade e como se estivesse conformada com algo, mas devia ser apenas coisa da sua cabeça. Seus pensamentos foram interrompidos quando escutou passos atrás dela, se virou naquela direção e deparou com o Lee andando até ela. – Você por acaso está me seguindo? – perguntou assim que ele sentou mais afastado no banco ao seu lado. – Não, eu estava dando uma volta quando te vi aqui. Ela analisou bem sua expressão, o conhecia bem o suficiente para saber que ele não estava mentindo. – Se quiser eu posso sair. – ele fez menção de se levantar e Luci fez um gesto com a mão. – Não precisa. Os dois ficaram por um tempo em silêncio observando a vista. – Esse lugar é incrível, o nascer do sol deve ser lindo visto daqui. – Lee disse ecoando seus pensamentos de alguns segundos antes. – Sim, também pensei a mesma coisa. – disse sorrindo. Lee sorriu também, estava estranhamente confortável com ele ali sentado ao seu lado, bem diferente de como se sentia há algumas semanas atrás, Luci olhou para o garoto que agora olhava a vista a sua frente perdido em pensamentos e pensou que apesar do que aconteceu no passado não sentia mais tanta raiva do garoto ao seu lado.
