Correu as pressas para o andar de baixo, a procura de pó de flu e da lareira. Vestiu seu casaco de qualquer forma e pouco se preocupou em amarrar os sapatos e seguiu até ela, pegando o pó que estava guardado em um potinho.
-Edward? Para onde está indo com tanta pressa? -Remus saiu da cozinha com Peggy nos braços, surpreso pelo filho estar saindo naquele horário.
-Rolf...O Rolf está partindo para Nova York. -Teddy disse segurando o pó de flu e a carta. Seus olhos seguravam lágrimas não derramadas, tentando não quebrar seu próprio coração com falsas ideias em o seu namorado estava desistindo de si. Algo deveria ter acontecido, algo tão grave que o Scamander não pudera nem ao menos se despedir, apenas escrever um bilhete tão curto quanto aquele.Remus se aproximou e pegou a carta na mão de filho, lendo rapidamente.
-Teddy...Essa carta chegou há duas horas, ele já deve ter partido...Eu deveria...Deveria ter te chamado assim que recebi. -Remus disse pondo Peggy no tapete da sala e voltando até a lareira. Ele colocou um braço em volta de Teddy e tentou o tirar dali.
-Papai, deve ter acontecido algo. Rolf precisa de mim. -Teddy disse segurando firmemente o pó azulado e tentando voltar para a lareira.
-Teddy...Olhe para mim. -Teddy voltou os olhos para seu pai. Remus suspirou. -Ele disse que irá escrever. Então, você deve esperar que Rolf se explique na próxima carta. Filho, Nova York é gigantesca, como que pensa que vai encontra-lo sem qualquer pista de onde ele possa estar? - Teddy derramou as suas lágrimas. -Edward. -Remus tirou Teddy da lareira, enquanto o menino soltou o pó de flu no chão, cansado. -Vamos tomar um chá? -Remus o soltou devagar e pegou Peggy no tapete.Teddy assentiu e o seguiu em silêncio, secando suas lágrimas enquanto tentava continuar de pé.
-Pai...-Teddy chamou e Remus se virou, enquanto colocava Peggy na cadeirinha. Teddy suspirou e se sentou. -Acha possível que Rolf tenha fugido? Se cansado de mim? -Teddy perguntou.
-Claro que não. -Remus se aproximou e pegou o rosto de seu filho. -Teddy...Você é maravilhoso e um garoto extremamente doce. Aquele não era um bilhete de término. Ele provavelmente teve alguma emergência nos Estados Unidos com o avô.Teddy assentiu.
-Certo...Você está certo. -Teddy forçou um sorriso.
-Vai ficar tudo bem, meu filho. -Remus o abraçou.
-Bem!-Peggy disse e Teddy riu, sorrindo de verdade ao ver sua irmãzinha mudar o tom de seus cabelos pro azul tão característico que ele usava.
-Isso, Peggy, vai ficar tudo bem. -Teddy disse e olhou para cima, vendo seu pai. -Obrigado, pai.-Remus sorriu e beijou a testa dele, bagunçando seus cabelos. -Posso te pedir um favor? -Remus assentiu. -Harry e os outros...Disseram que terapia pode nos ajudar a recuperar da guerra e tudo mais...Eu...Eu...
-Eu e a sua mãe iremos entrar em contato com a medibruxa Lawlier em breve. -Remus sorriu e fez massagem nos ombros do seu filho. -Vai ficar tudo bem, Teddy. Eu prometi, não prometi? Nunca mais irei te deixar sozinho.Teddy sorriu fraco e olhou para as suas mãos na mesa. Apesar da dor continuar ali, ele se sentia melhor com seu pai lhe dando apoio.
-Obrigado, pai. Eu também nunca irei te deixar. -Teddy o olhou e Remus sorriu, indo preparar o chá.
XxX
Já era de madrugada quando Aurora levantou com cuidado da cama. Harry estava adormecido e parecia não ter notado a falta dela em seus braços. Então, ela saiu do quarto e andou até algum dos quartos.
Ela estava com sono, mas não conseguia pregar o olho por conta de seus pesadelos. Era como se todas as suas cicatrizes estivessem ardendo em sua pele, sendo refeitas a partir de suas memórias tão frescas e dolorosas.
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Os Herdeiros dos Marotos em: O Epílogo.
FanfictionÚltimo volume da saga dos Herdeiros dos Marotos. A história não contada do que aconteceu após a Grande Segunda Guerra Bruxa. Como é a formatura de Hogwarts? O treinamento de auror? Harry realmente será um professor de Hogwarts? E como o Mundo Bruxo...