Grigontes Versus Ouro.

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Aurora olhava sua roupa no reflexo do mármore escuro do Ministério. Suas mãos tremiam enquanto ela ajeitava seu paletó e diversas vezes seus olhos se fixavam na porta do tribunal, esperando que ele abrisse para eles. Os outros estavam sentados, a observando, temerosos e ansiosos.

-Vai dar tudo certo, prima. Se tem alguém que sabe sobre esse caso é você. -Ron disse ajeitando sua gravata, que ele sentia que o sufocava.
-É Grigontes, Ron. Impossível não ficar nervoso. Normalmente as pessoas pedem para que os duendes os defendam nos casos. -Teddy disse balançando uma de suas pernas. Hermione pegou a mão dele e tentando acalma-lo.
Harry se levantou, ajeitou a sua gravata e foi até Aurora, tocando nas costas dela.
-Harry, é muito dinheiro. Se nós perdemos nós cinco vamos ficar extremamente mal falados e podemos perder inclusive o direito aos nossos cofres. -Disse Aurora ainda olhava para a porta.
Harry a virou com delicadeza, Aurora mordia os lábios nervosa. Seus cabelos estavam ajeitados em um coque baixo com uma mecha deslizando pela sua bochecha. Harry a colocou atrás da orelha dela e sorriu.
-Respira. -Harry disse e ela respirou fundo. -Vai dar tudo certo. Estarei o tempo todo do seu lado ou te olhando. Se você ficar nervosa, me olhe, ok?
-Ok. -Aurora disse.

-Lady Black, Lorde Potter, senhores Lupin, Granger e Weasley? -Um auror abriu a porta do tribunal. -A sessão vai começar.

Eles assentiram e entraram. A primeira coisa que procuraram foi o rosto de seus parentes. William Weasley estava no andar mais alto, das cadeiras das famílias tradicionais, junto a Sirius, Narcisa, Augusta. Remus estava no segundo andar, que pertencia aos bruxos\criaturas, junto a outros lobisomens e o meio gigante. Dora era uma das aurores responsáveis pela segurança do local e estava em pé no canto esquerdo da sala.

O lugar era uma sala redonda, rodeada de cadeiras divididas por andares. No centro, ficava o juiz, Kingsley Lewis. E assim que entraram, foram para as mesas no térreo, onde aqueles ligados ao caso ficariam. Aurora se manteve de pé enquanto os outros se sentaram. Em seguida, na porta de trás, entraram os duendes, sendo o que ficou de pé, o próprio rei dos goblins, Ragnuk.

-Hoje, fomos chamados para uma audiência qualificada do caso "Roubo de Grigontes", em que os bruxos, Harry J. Potter, Hermione J. Granger, Ronald B. Weasley e Edward R. Lupin roubaram uma relíquia de Hogwarts que estava guardada no cofre Lestrange e um dragão que era mantido pelo banco para assegurar os cofres mantidos por eles, os duendes. Os duendes estão processando, não só os quatro, como também a Lady Aurora A. Black pelo roubo e pela promessa que fizeram de dar a eles a espada de Godric Gryffindor, herdada pro Aurora A. Black diante o testamento de Alvo Dumbledore. -Kingsley lia. -Diante as acusações, chamo ao palanque os representantes para formar seu colegiado. Como é julgamento e não uma simples análise ou debate, formaremos um júri enquanto os outros membros desse tribunal irão assistir e testemunhar se a justiça realmente ocorreu diante o caso.

Aurora foi para frente junto ao rei Ragnuk e se viraram para as cadeiras.

-Para aqueles que desconhecem o sistema de colegiado. Para sermos justos, Lady Black, que está cuidando dos réus, poderá escolher três membros, um de uma cadeira diferente. É obrigatório que cada membro seja uma cadeira diferente para que um acusado duende não escolha somente duendes para o júri. Assim como bruxos não podem escolher somente bruxos humanos para analisar o caso. Continuando, por eu ser um ministro bruxo e humano, os duendes poderão escolher uma cadeira a mais que o réu. Sendo assim um júri de sete cadeiras. O meu voto só será considerado em caso de recurso -Disse o Ministro.
-Poderemos vetar se quisermos? -Perguntou Aurora.
-Sim. Se desaprovarem um membro escolhido pelo outro, poderão pedir para que vete a escolha, mas terá que ser justificada diante algum ponto. E só se pode vetar duas vezes. -Kingsley respirou fundo e assentiu. -Alguma dúvida?
-O que seria um recurso? -Questionou Eliot Nigel.
-Quando alguma decisão tomada pelo júri entrou em desacordo com alguma coisa e eu tenha concordado com a opinião da pessoa que entrou em desacordo. Por exemplo, algo foi julgado e a pessoa foi considerada culpada, mas alguma evidência não foi analisada. Em caso de recurso, reiniciaremos o julgamento para analisar a evidência e rever a decisão antes tomada. -Disse Kingsley e todos assentiram. -Lady Black, qual é o primeiro membro do júri?

Os Herdeiros dos Marotos em: O Epílogo.Onde histórias criam vida. Descubra agora