Notícias e Cartas de Amor.

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-Bill...Bill...-William sentiu seu corpo ser levemente sacudido. Ele apertou os olhos por conta da luz e gemeu, mas se apressou para se levantar e atender o chamado de sua esposa.
-Está se sentindo bem, querida?-Se sentou na cama, e estranhou, Fleur estava com uma bandeja de café nas mãos e sorria. -O que é isso?

A loira se sentou na beirada da cama e o beijou.

-Você está comendo mal desde que cheguei à trigésima segunda semana. Eu e sua mãe que preparamos. -Fleur disse com carinho e preocupação em sua voz. William sorriu.
-Desculpe, doce, eu não deveria te preocupar. É que...Eu só quero que tudo seja perfeito para a nossa garotinha. -Ele pegou a bandeja e colocou no móvel ao lado da cama.
-E vai ser...Você conseguiu montar o berço, nossa casa está pronta e tudo mais. Não temos o que nos preocupar. Temos nossos empregos e nossos pais por perto. -Fleur fez carinho no rosto dele.

William se impediu de conserta-la, afinal, ele só tinha a mãe dele. Não que não fosse o suficiente, mas não era a mesma coisa. Ele sonhara com o dia que veria o rosto de Arthur cheio de orgulho ao vê-lo construir a própria família. Imaginava o seu pai como um velhinho que andaria de mãos dadas com várias criancinhas ruivinhas e loiras que o chamaria de vovô. Parecia que o peso no peito dos Weasleys não desapareceria tão cedo.

-Sim, vai dar tudo certo. Tem razão. -Ele a beijou, a trazendo para mais perto. -Logo logo a nossa menininha vai estar aqui e teremos só que nos preocupar em acordar para faze-la parar de chorar.

Fleur gemeu reclamando.

-Não me lembra disso. Por que eles já não nascem sabendo andar?-Perguntou ela e William riu.
-Porque são mais fofos se pudermos cuidar deles por um tempo. Vamos sentir falta disso depois, quando eles tiverem que ir pra Hogwarts...-William disse.
-Ou Beauxbatons. -Fleur completou e sorriu travessa.

Os dois se aconchegaram na cama e puxaram a bandeja, começando a comer enquanto conversavam e brincavam entre si, de bobeira. Então, William abriu o jornal, só por curiosidade...E o ar sumiu.

-Merda. -Ele engoliu a torrada.
-O que houve?-Fleur perguntou.
-Eu preciso ir pra Bucareste. Aconteceu um ataque em Hogwarts...-William pulou da cama.
-E aí você vai pra Romênia?-Fleur perguntou confusa.
-Atacaram Edward Lupin. -Ele disse já tirando seus pijamas e caçando roupas quentes. Fleur estava de olhos arregalados.
-Ele vai enlouquecer se souber...-A loira disse, pegando o jornal e lendo o que aconteceu.
-Por isso. preciso impedir que ele saiba!-William disse.
-O jornal já deve ter chegado. -Fleur disse.
-Eu conheço a águia burra dele, ela sempre atrasa com o jornal. Se eu usar a lareira diretamente na reserva, poderei destruir o jornal e eu mesmo contarei o que houve, com calma e palavras doces. Isso evitará que ele pegue um dragão e vá caçar o culpado. -Disse William.
-Eu tenho sérias dúvidas quanto a isso, e digo por conhecer seu irmão bem. -Disse Fleur.

William a beijou.

-Voltarei antes do jantar. Quer sair?-Perguntou ele.
Fleur sorriu.
-Impedir um homicídio e depois um jantar romântico? Acho adorável!-Ela levantou. -Avisarei a sua mãe que jantaremos fora hoje. Esteja aqui às oito.

William assentiu e foi para a lareira.

-Bill!-Fleur chamou e ele virou. -Sapatos, querido.

William olhou pros seus pés, estava só usando meias.

-Boa ideia!-E ele foi se calçar.

XxX

Assim que a lareira explodiu, William saiu pela casa procurando seu irmão.

-Ei, Bill. Achei que ia passar uns dias com sua família. -Ouviu um dos empregados de Charles dizer.

A casa dos cuidadores de dragões era enorme, possuindo diversos quartos, banheiros, uma biblioteca, enfermaria, cozinha e sala de estar. William sabia quão orgulhoso Charles era por ter construído tudo aquilo do zero. Era um lugar que, verdadeiramente, os dragonologistas poderiam viver com suas famílias. E mesmo assim, Charles estava fazendo de tudo para levar tudo, inclusive a casa, para o Reino Unido, onde ele poderia estar novamente perto de sua família e amado. Era algo de se impressionar, uma qualidade única de resiliência e adaptação que William invejava.

Os Herdeiros dos Marotos em: O Epílogo.Onde histórias criam vida. Descubra agora