A Primeira Audiência da Lady Black - Caso: Grigontes

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Dois meses depois. - 20 de Junho de 1999.

Harry estava na cama com Aurora. A morena dormia pacificamente em cima dele, e haviam anos que ele não via isso acontecendo. Ele a admirava enquanto deslizava suas mãos nas pequenas cicatrizes de cortes, tão brancas e antigas, mas que em sua memória pareciam ter sido feitas no dia anterior. No entanto, apesar das memórias dolorosas que Harry compartilhadas com ela, ele não conseguia evitar de admirá-la. Aurora era linda, com sua pele com ou sem cortes. Seu traços marcantes e pequenas sardas. Seus cabelos, que cresciam como ondas até os seus ombros e costas. Suas sobrancelhas delicadas e lábios rosados. Ele a amava tanto e respirava aliviado por saber que seu sono não era mais tão perturbado quanto antes.

E isso, ele admitia que eram um  dos primeiros resultados da terapia que todos os membros da Armada estavam fazendo, tanto coletivamente quanto individualmente. Todos eles levaram diversos traumas da guerra, desde de terrores noturnos até ataques de pânico e transtornos compulsivos. Quando Harry começou a frequentar as sessões, com a curandeira Matilda Leblanc, ele não pensava que a sua mente sentiria tanto alivio quanto andava sentindo. Seus pesadelos aos poucos estavam amenizando e ele havia aprendido a meditar para ajudar com a sua ansiedade. Ele tivera muita sorte nesse sentido, já que Neville e Simas precisaram começar a tomar algumas poções para ajudar com o tratamento.

Aurora também tomava algumas quando a situação ficava...Difícil. Quando ela não conseguia respirar e sentia uma pressão enorme em seu peito. Ela implorava para que Harry ou alguém a ajudasse e começava a chorar.  Harry odiava quando isso acontecia, porquê ele não tinha o que fazer além de abraça-la e esperar que quando ela acordasse a poção tivesse feito efeito, era desesperador.

-Hazza? -Aurora abriu os olhos enquanto ele passava o dedo por uma pequena linha branca no ombro dela, uma das marcas do Sectumsempra que ela tinha.
-Bom dia...-Harry sorriu. Estava sentado enquanto Aurora dormia abraçada a ele. Ele se ajeitou e a beijou. -Eu tenho muito orgulho de você, sabia?
Ela bocejou.
-Pelo quê? -Perguntou, confusa com o assunto.
-Por tudo...Por nunca ter pensado em desistir. Por continuar sendo quem você é mesmo após e durante momentos terríveis. Por sempre confiar em mim. Por ser uma das mulheres mais fortes e corajosas que eu já conheci.
-Uma das? -Perguntou Aurora sem tom de maldade, apenas curiosa, enquanto entrelaçava seus dedos aos de Harry.
-Você, minha mãe, Hermione e Luna. Acho que posso até adicionar tia Minnie e tia Dora na lista. -Disse Harry e ela concordou.
-Com certeza. -Aurora disse.
-Mas definitivamente, você é a mais linda. -Harry disse e ela riu, segurando o rosto dele e o beijando.
-Você também é tudo isso e mais um pouco. Todos os dias...Eu acordo sabendo que serei feliz, porque eu estou do seu lado. -Aurora disse.
-Own...Você é tão brega. -Harry disse e ela riu.
-É por isso que você me ama, Potter. -Ela disse empurrando as cobertas.
-Não nego. -Harry a puxou de volta e novamente a beijou.- Vamos tomar café?
-Sim...-Aurora revirou os olhos. -Tô morrendo de fome.
-Quando você não está? -Perguntou Harry se levantando.
-Acho que você está me confundindo com Ronald Weasley. -Disse Aurora enquanto procurava suas roupas.
-Isso quer dizer que sou a Pansy Parkinson? -Perguntou Harry ao fazer um coque.
-Oh não, ela tem cabelos mais curtos que os seus. -Aurora disse.
-Mas não mais bonitos. -Harry brincou.
-Uhh, deixa a Pan saber que você está falando mal dos cabelos dela. Vai acordar careca, cuidado! -Aurora continuou.
-Olha, eu não duvido. -Harry disse rindo.

Assim que terminaram de se arrumar e ir ao banheiro, seguiram para a cozinha da Mansão, onde Monstro estava servindo a mesa ainda vazia.

-Bom dia, Monstro. Os meus pais já acordaram? -Aurora se sentou.
-Já, mestra. Mestre Sirius e Mestre Evan foram ajudar a diretora Minerva McGonnagal e o Mestre Remus com a construção do Orfanato Pequenos Marotos. -Disse Monstro.

Os Herdeiros dos Marotos em: O Epílogo.Onde histórias criam vida. Descubra agora