Os Herdeiros dos Marotos em: O Epílogo.

Os Três Dragões Do Anoitecer.

-Ed! Ed! -Peggy esticou seus bracinhos, pedindo colo para seu irmão.

Charles fez bico, enquanto via seu namorado pegar a menininha de mechas cor-de-rosa de seu colo. Remus foi até a sua esposa e Cedrico, iniciando uma breve conversa sobre Hogwarts e assuntos mais triviais.

-Oi, minha flor. -Teddy encheu o pescoço de Peggy de beijinhos, a fazendo rir. -Sentiu falta do irmão?
-Sim! -Peggy abraçou ele, sorrindo feliz. As mechas dela logo mudaram para o azul, imitando a cor dos cabelos de seu irmão mais velho.
-Eu também estava com saudades suas. O irmão não vive sem você. -Teddy disse, com um enorme sorriso no rosto.

Charles sorriu, admirando seu namorado, que ajeitava a pequena em seus braços.

-O que foi? -Teddy perguntou para o Weasley.
-Vocês. -O ruivo beijou a bochecha de Teddy.-São muito bonitinhos.

Teddy riu, levemente envergonhado.

-Como se você não caísse de amores por ela também. -Disse Teddy, provocando.
-Nunca vai me ver negando isso. Peggy me tem na palma da mão dela. -Charles pegou a mãozinha da menina, que segurou o indicador dele com força. -Não é, Maggie?
-Dragão é da Peggy. -A menina disse assentindo com a cabeça.
-Mas eu posso ter um pouco do Dragão?-Perguntou Teddy, fazendo bico.

Peggy colocou um dedo no queixo, como se estivesse pensando no caso dele.
-Pode! -Margareth disse feliz e Teddy riu, beijando a bochecha dela.

-Maggie...-Remus voltou-se para os três. -Quer colo? Papai está com saudades suas.
-Papa! -Margareth esticou os braços e Teddy deu a menina para o pai, que a recebeu com um grande abraço.

Teddy continuou observando seus pais com Peggy, com um sorriso no rosto. Ele ficava muito feliz e aquecido em saber que a sua família estava bem, essencialmente feliz até. Era impossível não se esquecer da guerra, dos momentos que ele pensava que se existisse um depois, talvez ele estivesse sozinho ou somente com a companhia da sua própria irmã. Aquele final era bom.

Sentiu as mãos de Charles em sua cintura, o abraçando por trás e o queixo do ruivo em seu ombro e evitou de rir.

-Quer atenção, Dragão? -Perguntou, brincando.
-Sua? Sempre. -Charles disse. Teddy se virou, ainda com as mãos do ruivo sob sua cintura.-Aconteceu alguma coisa hoje?
-Por quê? -Teddy perguntou, surpreso.
-Quando você chegou, eu vi que você estava um pouco para baixo...Ainda está, sinceramente.-Charles mordeu levemente o lábio. -Desculpa. Está tudo bem se não quiser falar sobre.

-Não é isso, amor. -Teddy sorriu, passando seus braços pelos ombros dele. Charles se preocupava demais com o que ele achava.-Você precisa relaxar, sabia? Se você acha que algo está errado ou simplesmente quer me falar alguma coisa, só me diga, Charlie. Eu sempre vou te dizer, não importa o que seja.

-Desculpa...É que, você parecia nervoso essa semana. Distraído. -Charles respirou fundo.-Achei que estivesse com problemas.
-Não eram bem problemas, era só um...Bicho papão. -Teddy suspirou. -Eu estava fugindo do teste, que deveria ter feito no terceiro ano. Na primeira vez que eu passei por um, eu vi os meus pais mortos. -Charles arregalou os olhos.- Fiquei com medo de ver algo pior. E bem, eu fiz o teste hoje e...Vi algo pior.

-O quê? -Charles questionou.
-Te vi. Eu vi os meus pais e você feridos, quase mortos, por minha causa...Pelas minhas espadas. -Disse Teddy, triste. Seus olhos estavam marejados só de pensar naquilo.
-Eddie...-Charles engoliu seco. -Você sabe que isso são seus medos, certo? Não quem você é.-Teddy sorriu fraco.
-Eu sei, mas não são visões boas de se ter. Vocês são as pessoas que eu mais amo. -Teddy beijou a bochecha dele. -Obrigado por se preocupar.
-Todos os dias. -Disse Charles, puxando Teddy para mais perto e o abraçando.