Os Herdeiros dos Marotos em: O Epílogo.

Final V: Ginerva e Luna Lovegood.

19\04\2022.

-Tem certeza que consegue chegar lá? -A ruiva questionou para a sua esposa, segurando a sua vassoura.
-Não é a primeira vez que viemos a Paris, Ginny. -Luna sorriu fazendo um coque no topo de sua cabeça e prendendo sua varinha ali.
-Mas normalmente estamos com as crianças e elas afastam os narguilés de perto de você, não te deixando se perder. -Explicou a ruiva, se referindo aos dois filhos das duas, Athena e Matthew, que estavam em Hogwarts no momento.

Gina a abraçando por trás e as vendo no espelho, o que fez Luna sorrir, se balançando ao sentir os beijos da outra pelo seu pescoço. As duas estavam em um hotel perto do estádio de quadribol no qual Gina iria treinar junto das Harpias de Holyhead, time que ela jogava profissionalmente fazia quase duas décadas. Estavam chegando aos seus quarentena anos e por isso, sabiam que isso era sinal que logo Ginny teria que aposentar-se da carreira de jogadora e partir para algo mais seguro, e esse eram um dos porquês de estarem na cidade das luzes.

Victorie e Margareth moravam ali e poderiam ajudá-las. Luna ainda era dona do Pasquim e poderia trabalhar de qualquer lugar, especialmente em Paris, onde poderia escrever mais frequentemente sobre os desfiles sazonais da Sra. e Sra.Weasley ou mesmo sobre as peças das quais Peggy atuava.

E era exatamente para uma dessas peças que Luna estava indo naquela noite, vestida com um um longo vestido amarelo e uma bolsa em formato de rabanete, iria assistir a peça "A Maldição de Lady Magic". Margareth fazia a personagem principal, Rusty Siena, uma bruxa de cabelos vermelho cor de fogo que havia recebido uma maldição terrível de queimar todos aqueles que a tocassem. Era um romance trágico e antigo, que ninguém sabia a origem, tanto que muitos bruxos acreditavam que a história era real. Um conto de uma bruxa que ao ofender os Lordes da Magia teve que terminar seus dias sozinha, desaprendendo a amar e perdoar, machucando todos aqueles que mais ela queria por perto.

A atuação de Margareth estava sendo espetacular pelo que os jornais diziam, elogiando sua voz e suas expressões, sem falar da magia encantadora que ela fazia ao longo da peça. Claro, o principal jornal que sempre estava recomendando a peça era o Plume d'or, ou Pena Dourada, onde Victorie Weasley trabalhava. De qualquer forma, a peça estava indo muito bem e Luna estava ansiosa para assistir desde que as meninas começaram a lhe escrever sobre o desenvolvimento da peça.

-Não se preocupe. Nos encontraremos no La Lumière du Chaudron, perto do Sena junto dos meninos. Ok? -Luna se virou e a beijou. -Aproveite. -Disse sabendo quanto Ginny estava triste em deixar o time daqui algumas temporadas. Não era porque ela estava ficando ruim ou algo do tipo, ela era a melhor jogadora, no entanto, a idade chegava e tornava-se perigoso se acidentar, podendo ter fraturas permanentes caso não fosse cuidadosa nos jogos.
-Sempre, você sabe o céu é o meu lugar. -Gina fez carinho no rosto dela. -Mas quando estou nos seus braços...
-Não há nada que se compare. -Luna completou fazendo carinho com seu nariz. Aquelas eram uma das muitas juras de amor que sempre trocavam uma para a outra. -Eu te amo.
-Eu te amo, minha lua. -Ginny sorriu e a beijou novamente.

XxX

A noite estava linda e Luna saltitava da calçada para a rua, atravessando a rua em direção ao teatro abandonado que ficava naquela rua mal iluminada. No fundo, ela admirou a Torre Eifel iluminando o horizonte, então, se aproximou de um dos bruxos disfarçados.

-O pôr do sol foi mais escarlate que o normal, não acha? -Perguntou ela.
-É apenas um sinal de que será uma noite bela. -O bruxo levantou sua boina e abriu sua mão, recebendo o ingresso. Aquelas eram as senhas que estavam no ingresso, isso facilitava para evitar a entrada de trouxas para o espetáculo.

Então, Luna pode passar pela barreira, logo vendo o belo lugar. Iluminado por belos lustres de cristal e velas flutuantes, haviam vitrais e pinturas cobrindo as paredes e o teto. Ela deu um girinho entorno de si mesma, rindo sozinha. Adorava lugares assim, que vibravam magia por cada lajota, maçaneta e quadro.