Os Herdeiros dos Marotos em: O Epílogo.

O Bicho Papão de Edward Lupin.

Com Março estando já encaminhado, as provas finais e o Baile de Formatura se aproximavam cada vez mais dos alunos do oitavo ano. Os preparativos estavam sendo apressados e os estudos adiantados.

Aurora, que antes estava preocupada pela falta de projetos, agora, estava bem encaminhada com suas poções de recuperação de sanidade e alma. Suas pesquisas foram aprofundadas com estudos sobre dementadores, efeitos psicológicos da reclusão e os doces Weasley, que possuíam certa eficácia em relação a isso e Aurora achava que seriam bons para a criação de um poção especifica para ajudar os presos a não só se recuperar, mas a reabilitarem-se para viver em sociedade. O projeto da Black também estava ajudando Teddy a se embasar na conclusão de sua tese sobre o sistema penitenciário bruxo. Ele estava orgulhoso com seus trabalhos, que estavam bem perto de terminar.

Enquanto os outros, Harry, Neville, Gina e Luna, tinham seus planos indo para frente e logo também apresentariam a mesa avaliadora. A Weasley tinha vários jogos marcados que teriam a presença de olheiros. O Longbottom estava trabalhando em relação a uma tese sobre a importância da pedagogia e a didática quanto ao desenvolvimento de um bruxo, relacionando, é claro, com a matéria que ele lecionaria, Herbologia e a importância de seu ensino adequado.

Já Harry tinha o seu projeto em relação aos Patronos como proteção contra Legimens, que estava pronto e que logo ele apresentaria para a banca. Era, inicialmente, um projeto arriscado. Ele achava que deveria haver uma forma de se proteger sem ser um oclumenente, que seria a forma mais lógica e existente para isso. No entanto, talvez por ser muito bom com o feitiço do Patrono, descobriu uma maneira de criar uma proteção mental similar ao "animal espiritual". Basicamente, era um Expecto Patronum sem varinha, que tinha, como prática, efeito de barreira, já que se um Legimens tentasse invadir as memórias, unicamente conseguiria acessar aquela que foi usada para fazer o Patrono. Embora ainda fosse um tipo de invasão, seria útil para agentes de campo e jovens bruxos sem experiência com oclumenência. Além disso, o feitiço, que ele nomeou como Memoriae Patronum, também protegia o atacado de sofrer os efeitos da invasão do Legimens, o que para Harry era uma vitória.

E Luna era a que mais tinha segurança em relação à sua tese, visto que por ela herdar o Pasquim, não precisava criar, necessariamente, nenhum projeto diretamente relacionado a sua proteção. De qualquer maneira, a Lovegood decidiu escrever sobre a importância da curiosidade, da tolerância e da verdade para as descobertas e artigos jornalísticos.

Estava tudo indo bem...

XxX

1° de Abril de 2000.

Naquele dia, Harry estava muito feliz. Não só porque era sexta-feira, logo passaria o fim de semana com a sua família e iria jantar hoje na Toca junto aos outros para comemorar o aniversário dos gêmeos, mas também porque hoje era a primeira aula que Remus permitiria que ele dê-se de Defesa, sem nenhuma ajuda. Seu coração batia em ansiedade. Claro, o adulto ainda estaria na sala para verificar que tudo estava sendo ensinado da forma correta, mas mesmo assim! Era um pequeno passo na sua carreira em Hogwarts.

-Harry, é a quarta vez que você amarra essa gravata. -Avisou Hermione enquanto lia. Ela não teria aula naquele dia e estava aproveitando para revisar o trabalho dela sobre elfos domésticos.
-Eu sei! Mas ela se recusa a ficar reta!-Harry se virou, mostrando quão enrolado o tecido estava.

Aurora riu, se levantando da poltrona do salão comunal e indo até ele. Harry sorriu quando ela tirou a gravata dele e recomeçou a fazer. A observando, ele sentia vontade de passar o resto do dia ali no lugar de ficar horas e horas ensinando seus colegas, mas sabia que logo a garota também estaria enfurnada em uma sala. Slughorn já havia dado a ela a chance de dar aula desde de Fevereiro, talvez um pouco cedo, mas o Mestre de Poções estava desesperado para se aposentar e queria adiantar o processo. Não houveram reclamações nem dos alunos nem do corpo docente, que estavam elogiando e muito os "futuros professores."