A Verdade Dói.

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-Vamos, Rolf! Me diga! -Teddy disse fechando suas mãos em punho. -Por que não me respondeu? Por que foi embora e nem se despediu?

Rolf abaixou a cabeça, mordendo os lábios. Teddy sentiu raiva.

-Eu irei embora se não quiser me falar a verdade. -Disse por impulso, mas nada.

Rolf nem ao menos se mexeu. Teddy bufou e se virou.

-Se eu respondesse eu concordaria com você.-Rolf disse.
-O quê?-Teddy se virou, confuso.

Rolf o olhou e respirou fundo.
-Edward, escuta, eu te amo, mas...Sempre tudo gira em torno de você. -Rolf disse e Teddy arregalou os olhos. -Eu fiz de tudo por você! Estudei, fiz experimentos, cuidei de você e te aconselhei por todos esses anos. Mas quando eu te pedi uma coisa, você imediatamente negou. E eu não consigo te negar nada, nunca!

-Você está te dizendo que eu sou...Egoísta?-Perguntou Teddy.
-Não necessariamente ou de propósito, mas é como você funciona. E não é ruim! Mas...Se eu me despedisse e te olhasse, eu teria ficado na hora. Assim como as suas cartas. Eu li todas, só que ao tentar responder, sempre eu acabava escrevendo que voltaria e não era verdade. Eu quero morar nos Estados Unidos, quero ficar com meu avô e criar minhas próprias teorias sobre as criaturas, escrever meus próprios livros. -Rolf disse.

-O que você está dizendo? -Teddy perguntou.-Como assim você teria ficado?

-Teddy, amor. -Rolf se aproximou dele. -Você faz isso. Eu podia ter ido mais cedo, mas eu fiquei na guerra para ajudar a sua família. Te ajudar e o seu pai idiota. -Teddy não gostou de ouvir ele falando mal de seu pai. -Sempre fiquei ao seu lado. E não foi só isso, sempre fiz de tudo por você, tudo que você pedia. Você é manipulador. -Disse Rolf.

-Eu...-Teddy engasgou com suas próprias palavras olhando nos olhos de Rolf.

Pela tristeza e vergonha, sua habilidade metamorfa mudou a sua aparência.

-Teddy, você sempre faz isso. Usa a sua própria habilidade metamorfa para que as pessoas tenham pena de você. Eu estou tentando ser sincero com você. Só me escute. -Rolf disse, sério.

Teddy abaixou a cabeça, segurando sua metaformagia. Ele...Ele era assim? Tudo rodava entorno de si mesmo? Ele obrigava as pessoas a ficarem com ele? O garoto sentiu seus olhos enchendo. Ele não queria ser assim...

-Teddy...-Rolf pegou as mãos dele. -Venha comigo. Você vai poder estudar e criar o que quiser comigo. Tenho certeza que encontrara um emprego na Macusa e vai amar Ilevermorny...Só...Venha! Você vai ser mais feliz. Comigo. -Rolf fez carinho no rosto de Teddy.-Eu posso te ajudar, querido...Você pode melhorar.

O mais novo o olhava, procurando respostas. O que ele queria? O que era certo? Seria egoísmo negar mais uma vez? Rolf havia o abandonado e agora colocava a culpa nele. Teddy fechou os olhos com força. Anos de relacionamento e ele não sabia o que fazer. Ele deveria ir com Rolf?

-Eddie? -Ele ouviu alguém o chamar. Ao se virar, viu Charles o olhando. Na hora que percebeu como Teddy estava, Charles pegou sua varinha e apontou para Rolf. -Se afaste dele agora.
-Eu só estou conversando com o meu namorado, Charles. -Disse Rolf levantando as mãos.
-Eu estou bem, Charlie..-Teddy disse, tentando impedir sua voz de choro.
-Não, você não está. -Charles andou para frente. -O que ele te disse, Eddie?
-Edward, me escute. Eu sou seu namorado, só quero te ajudar e te fazer feliz. -Disse Rolf.
-Eddie, se ele te fez chorar, ele não quer te ver bem. -Charles disse.
-Não o escute, Teddy. Ele só está afetado.-Disse Rolf.
-Afetado pelo que seu imbecil?!-Charles avançou, mas Teddy andou para frente ao ver Rolf pegar sua varinha, ficando entre os rapazes. O Weasley havia pego sua própria varinha, olhando com raiva pro Scamander.

Os Herdeiros dos Marotos em: O Epílogo.Onde histórias criam vida. Descubra agora