Nota da Autora: Oii gente! Estou de volta agora pra iniciar a segunda parte da fanfic. Queria dizer que estou escrevendo o cronograma e estou aberta a ideias, então se pensarem em algo podem me falar. Espero que gostem! Boa leitura ❤️
Pov. Aurora
Já pensou como a vida era surpreendente ou como as pessoas cometem coisas surpreendentes? Para muitos, o que eu fiz poderia ser considerado algo nesse nível, mas a questão era que fiquei me perguntando se ter deixado de voltar para o Brasil poderia ser considerado algo surpreendente porque, até hoje, não conseguia acreditar no meu ato de coragem.
Era por isso que gostava de me lembrar de tudo desde o início...
⏳
31 de Dezembro
Eu já disse o quanto odeio aeroportos? Por que eles não nos colocam logo dentro do avião? Essa espera me enchia a paciência! A fila para despachar as malas está enorme, uma criança não para de gritar com a mãe porque quer um doce de uma das lojas, e eu estou totalmente atrasada para o meu voo — aparentemente não é uma boa ideia você viajar no último dia do ano. Por mais que os funcionários estivessem dando tudo de si, esse lugar estava um verdadeiro caos. Teve uma mulher que simplesmente decidiu despachar 13 presentes e depois duas malas, enquanto isso, trinta pessoas na fila a olhavam incrédulos sem acreditar no que estavam vendo. Onde estava a noção desse povo?
Olhei para o relógio pendurado em uma das colunas, já eram quinze para as onze da noite e meu voo era meia noite... O que eu fiz pra merecer isso?! Não bastava toda a merda que aconteceu nos últimos dias?! Escutei o moço da central dizer que todos os voos estavam atrasados, exatamente pelo fato do próprio aeroporto estar nos atrasando. Eu não poderia perder meu voo.
Não poderia mesmo.
Algumas horas atrás, recebi mensagens das meninas dizendo que fizeram uma coisa que talvez eu não fosse gostar, mas era para o meu bem. Eu não entendi nada, mas provavelmente elas conseguiram o meu emprego na cafeteria de volta. Era uma das possibilidades. Nunca fui com a cara dos chefes da cafeteria, aliás, nenhum dos funcionários suportavam eles, mas nunca tive problemas quando trabalhava lá.
Esperei mais um tempo na fila até sentir o meu celular vibrar no bolso do casaco. Vi pelo visor que era uma ligação do meu pai. Respirei bem fundo antes de atender.
— Oi, pai.
— Você ainda não embarcou, não é? — perguntou desesperado.
— O quê? Por quê?
— Diz pra mim que você ainda não embarcou!
— Eu mal consegui despachar as minhas malas, o aeroporto está meio... Cheio.
— Então sai da fila e vai embora!
— O quê?! — perguntei alto, chamando a atenção das outras pessoas da fila. Sussurrei um "sorry" e voltei a ligação.
— Eu falei com suas amigas!
— Você fez o quê?
— Elas me disseram que ao menos uma vez eu teria que fazer a coisa certa e te ajudar. Você não quer voltar para o Brasil, Aurora, não tem para onde ir, por que você quer voltar?
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A Arte Entre Nós
Fanfiction"É comum ouvir que a Arte pode mudar vidas e tocar as pessoas, mas nem sempre ela é aceita como uma carreira. Aurora Rizzi é uma jovem de 21 anos que sonha em viver daquilo que mais lhe dá prazer: escrever. É através de uma oportunidade que ela deci...