Capítulo 32 - 2ª parte

175 19 37
                                    

Nota da autora: GENTE! TRÊS MIL VISUALIZAÇÕES??? Meu Deus do céu, muito obrigada!!!!!!!! Um aviso para este capítulo: um trecho da música "I Won't Give Up" será usada em algum momento do capítulo, então quem quiser colocar a música pra tocar enquanto acompanha a letra, avisarei em qual momento vocês podem colocá-la pra tocar. Faz tempo que quero colocar uma música nos capítulos, então espero que gostem! Boa leitura ❤️

Pov. Aurora

Após duas semanas, Charlie está finalmente em sua casa. Depois de ter acordado, o médico decidiu que era melhor ele ficar em observação para eles terem certeza que a demora para acordar não foi causada por um problema neurológico. A notícia não foi muito bem recebida por Charlie... Ficar em uma cama por mais duas semanas era torturante para uma pessoa hiperativa. A desculpa que ele dava era a torção do seu pé, porque ele conseguiu andar pelo hospital de muleta.

Sua família estava mais tranquila, parecia que até a energia da casa melhorou. Patrick foi buscar Charlie no hospital, enquanto Meghan e sua mãe organizavam as coisas para o jantar. Preferi preparar a mesa e deixar tudo no jeito, assim estaria tudo adiantado. Por conta do seu pé, achamos melhor eu ficar no quarto de Charlie enquanto ele ficava no de hóspedes, assim não nos preocuparíamos com o medo de ele cair na escada.

Já que todos estavam animados e preparados para a surpresa, decidi comprar um violão novo para ele. O seu antigo ficou na varanda, então o estado do instrumento depois da tempestade não foi dos melhores. Sabia que ele ficaria arrasado quando eu contasse, mas mostraria o novo e tudo ficaria bem. Ele não vivia sem música.

Enquanto tirava o presente atrás da porta do quarto, escutei a porta de entrada se abrir e vários gritinhos de alegria no andar debaixo. Fui até o seu banheiro e chequei meu cabelo para ver se estava apresentável, eu parecia exausta... Só joguei uma água no rosto e desci as escadas. Sua mãe o abraçou e ele começou a chorar, não tinha como não se emocionar com a cena. Charlie começou a pular nos braços do irmão, mas não demorou muito para ele lembrar do pé machucado. Depois que a família voltou para a cozinha, andei calmante até ele.

— Cheguei! — Sorriu, abrindo os braços para que eu pudesse abraçá-lo.

— Senti sua falta — sussurrei colada em seu corpo.

— Fiquei triste por você não ter ido me visitar mais.

Depois que fui pega dentro do quarto naquele dia, os enfermeiros me proibiram de entrar de novo porque eles iriam ser prejudicados por conta das regras do hospital. Mesmo que eu não pudesse entrar, conseguia ver Charlie andando com a muleta todos os dias às quatro horas da tarde no corredor, era fácil de visualizar pela janela da porta.

— Isso é conversa para outro momento... — Sorri meio nervosa. Aproximei meu rosto do seu e lhe dei um selinho; queria mesmo era beijá-lo de verdade, mas não na frente da sua família. Morreria com minha timidez. — Tenho uma surpresa.

— Para mim?! — Os seus olhos brilharam. — Saí do hospital, a família inteira fazendo o jantar, você me dando presente... Hoje o dia está perfeito.

Guiei ele até o quarto e fechei a porta. No início ele ficou procurando com os olhos em cada canto do cômodo, até parar em mim e no violão. Charlie se sentou na cama e colocou a muletas de lado, totalmente chocado.

— Ah, meu Deus! — Gritou. — Os meninos me contaram por mensagem que o antigo tinha quebrado, mas eu não imaginava que você ia comprar outro. E ele é tão lindo! — disse o observando em minhas mãos.

O violão era preto, a parte da frente brilhava tanto que conseguíamos ver o nosso reflexo. Ele o pegou com cuidado, como se fosse uma pedra preciosa e tentou afinar, mas suas mãos doíam por causa da muleta. De repente ele largou o violão e me abraçou forte, agradecendo. Beijei o topo de sua cabeça e acariciei a sua nuca, ele até tentou se soltar, mas eu senti tanta falta dele...

A Arte Entre Nós Onde histórias criam vida. Descubra agora