Capítulo 18

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Nota da Autora: GENTE! Muito muito muito obrigada pelas mil visualizações e pelos capítulos favoritados. É muito bom saber que vocês estão gostando da história, e por favor, continuem interagindo comigo nos comentários, gosto bastante de saber as impressões de vocês. Faço a história de coração e realmente espero que vocês estejam gostando ❤️❤️❤️ Boa leitura!

Pov. Aurora

O trabalho final do curso estava me deixando mais estressada do que Cinthia dias atrás. A professora realmente depositou todo o nervosismo que passou no trabalho, como eu suspeitava. Passei os últimos cinco dias dentro do quarto com os olhos fixos no notebook, só descansando para comer e ir ao banheiro, mas, às vezes, esquecia disso e do resto do mundo a minha volta. Por ver eu passar perrengue dentro de casa, Cinthia conversou com Kenny sobre me liberar das gravações para que eu conseguisse fazer o trabalho.

A grande questão era que eu estava sem as minhas principais anotações das aulas e não podia pedir para minha avó pegar em sua casa porque ela não estava na capital. A única coisa que me restou foi a memória — que sinceramente não era uma das melhores —, mas estava saindo algo na página do word.

Passou-se alguns dias após a festa de Charlie e desde então não tinha notícias dele. Ele não me mandou mensagem, não me ligou e não falou comigo nos dias em que pude estar nas gravações. Mas eu era brasileira e nós não desistíamos tão fácil, então, tentei ligar e mandar mensagem para ele.

Sem resposta.

Era como se ele estivesse se afastando aos poucos.

Comentei isso com as meninas. Além de ficarem indignadas, elas não conseguiam acreditar que Charlie fosse o tipo de cara que "pegava e dispensava", eu também achava que não, porém, ultimamente as pessoas andavam me surpreendendo mais do que eu gostaria, então eu não poderia colocar a mão no fogo por alguém. Comentei com elas que, depois de tanto tempo, realmente pensei que uma pessoa tinha se interessado por mim. Às vezes criava tantas expectativas que acabava me frustrando sozinha.

Só pensei que dessa vez seria diferente.

Escutei a campainha tocar no andar debaixo, então coloquei o chinelo e desci as escadas apressadamente para dar tempo de atender. Vejo fios loiros pelo vidro da lateral da porta de madeira. Era Owen.

— Oi! — falei animada, finalmente estou vendo alguém além de Cinthia. Owen me encarava com um semblante meio preocupado, então minha animação acabou indo parar no pé. — Está tudo bem?

— Eu queria pedir um favor...

— Claro, entra!

O loiro andou até o sofá calmamente, com as duas mãos nos bolsos da calça de moletom. Owen parecia inquieto, não parava de andar pelo tapete e mantinha sempre a cabeça baixa. Eu já estava ficando assustada.

— Você sumiu — murmurou.

— Ah, eu tive que fazer o trabalho final do meu curso e isso está levando todo o tempo que tenho.

— Entendo... — Ele voltou a andar pelo tapete em silêncio, pensando bem na escolha de palavras.

— Owen?!

— É o Charlie! — Meus olhos saltaram, surpresos. Só coisas ruins passavam pela minha cabeça. — Não, não é tão grave assim!

— Owen, você está me deixando nervosa, o que aconteceu?

— Depois da festa, ele pediu pra conversar com Kenny e voltou para casa dos pais. Ninguém entendeu o motivo, e mesmo depois de ele ter voltado, não abriu a boca sobre nada. — Ele sentou no sofá, colocando as mãos no rosto. Suspirou antes de continuar. — O problema é que eu vou voltar esse final de semana para Oklahoma e estou preocupado com Charlie. Preocupado em deixar ele sozinho.

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