Capítulo 35 - 2ª parte

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Nota da autora: Eai meus anjos, como vocês estão? Passando pra dizer que agora a história vai engrenar e lá vou eu fazer vocês passarem raiva e surtarem com personagem. É por uma boa causa. 😂 Mas terão muitos momentos amorzinhos também, então espero que gostem dos próximos capítulos. Beijo no coração e boa leitura ❤️

Pov. Charlie

Acordei mais cedo que Aurora para fazer uma surpresa para ela. Hoje era o seu primeiro dia trabalhando na Starbucks e sabia que ela ainda estava um pouco chateada com tudo o que aconteceu. Aliás, depois do expediente, ela iria para outra reunião com Kenny e talvez essa fosse melhor do que a última.

Levantei e tomei um banho rápido, não queria demorar tanto no chuveiro. Coloquei o roupão e andei calmamente até a cozinha. Fiz o café e preparei um "pão na chapa" — ela disse que estava com vontade esses dias, então procurei na internet o que era só para preparar. Não foi tão complicado quanto pensei. Cortei dois pedaços da melancia e cortei em cubinhos, despejando-os em uma tijela. Depois de preparar tudo, coloquei em uma bandeja e levei até o quarto.

Tropecei no meio do caminho e quase derrubei toda a comida, mas isso ela não precisava saber.

Entrando no quarto, coloquei a bandeja na cama e toquei em seu rosto devagar. Aurora se mexeu um pouco e logo acordou, sorrindo ao ver o café. Ajeitei tudo para que ela pudesse se sentar e comer.

— Não acredito que fez o pão na chapa! — Sorriu, dando-me um selinho depois.

— Fiquei feliz de saber que era só pão com manteiga na frigideira. — Ela gargalhou, quase se engasgando com o café. — Mas, falando sério agora, você está bem?

— Eu vou ficar — sorriu, fazendo com que eu fizesse o mesmo. Sabia que ela estava mentindo, mas não contestei. Preciso passar confiança a ela. — É só que... Sei que será complicado daqui pra frente, mas vai ficar tudo bem.

— Isso ai, gosto do seu otimismo!

— Vai ficar andando pela cidade?

— Na verdade, vou comprar as coisas para fazermos a festa aqui. Você se importa?

— Não, claro que não, eu não vou ter tempo mesmo; mas nada de balões!

— Ah — exclamei decepcionado —, por quê? Balões são tudo em uma festa!

— Em festas de criança, e eu... — Não deixei que ela terminasse a frase.

— Você está grávida?!

— O quê?! Que papo é esse de gravidez?

— É que você falou sobre festas de crianças, então eu pensei que...

— Eu quis dizer que balões são mais legais em festas de crianças, não para uma festa de boas vindas. — Esclareceu. Às vezes a língua inglesa me deixava um pouco confuso. Esses enganos aconteciam com frequência. — E aliás, nós dois não chegamos a... Você sabe.

Ainda não — pisquei, mordendo um pedaço do pão que estava em sua mão. Ela me encarou boquiaberta sem dizer nada, apenas saí do quarto com um sorriso de lado.

Pov. Aurora

Eu não vou me desesperar. Eu não vou me desesperar. Eu não vou me desesperar. Eu não vou me desesperar. Eu não vou me desesperar...

Essa frase estava martelando na minha mente desde ontem, como se eu nunca tivesse trabalhado antes. Era simples, certo? Só que agora eu era mais independente do que nunca, iria trabalhar usando outra língua e não sabia como vou conciliar o roteiro com o café. Mas, tudo bem!

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