Nota da autora: Oii gente, tudo bem? Primeiramente peço desculpas pela demora do capítulo, deu problema no aplicativo e eu não consegui postar antes, mas estou passando pra agradecer pelos 2K de visualizações. Que bom que vocês estão acompanhando a história e novos leitores estão chegando todos os dias, agradeço de coração! Continuem fav e comentando nos capítulos, vocês sabem que eu amo as interações de vocês. Boa leitura ❤️
Pov. Aurora
Acordei com o rosto todo amassado e o corpo esparramado na cama, foi uma noite muito bem dormida. Esses dias na casa de Charlie estavam sendo maravilhosos, porque conseguia me sentir amada e acolhida ao mesmo tempo por sua família. Depois do ano passado, eu só conseguia pensar em esquecer de tudo e tentar seguir minha vida sem culpa. Assim, decidi criar uma rotina — isso incluía acordar cedo todos os dias, mesmo que fosse algo difícil.
Após ir ao banheiro, fui direto para a cozinha, encontrando a mãe de Charlie.
— Bom dia, Jeanette — falei com a voz rouca de sono.
— Bom dia, querida. Quer um café?
— Eu vou aceitar, preciso acordar se não vocês vão ter que aguentar o meu mau humor...
— Todos acordam de mau humor de vez em quando, mesmo que não queiram.
Ela estava agitada, não entendi o porquê de tanta pressa para cozinhar desde cedo. Meghan desceu as escadas, chamando a atenção de nós duas. A caçula da família não ficou nada contente de ver a mãe em pé na cozinha.
— A senhora sabe que não pode fazer muito esforço!
— É cedo, não precisa começar a trocar os papéis! — Revirou os olhos. Apesar do clima tenso, elas se abraçaram em seguida.
Gostava desse clima familiar. Às vezes pensava que era a minha própria família e sentia as dores dos outros. Como na semana passada, quando peguei Meghan chorando baixinho no banheiro principal do segundo andar. Ela era mais nova que Charlie e eu, e eu sabia que era nessa transição de adolescente para universitário que as coisas aconteciam, principalmente desilusões amorosas. Poderia não ter tido muitas experiências, como Bárbara e Letícia, mas fiquei mal por Meghan e tentei ajudá-la.
Apesar de estar melhor, a saúde da mãe de Charlie não estava 100% e isso a incomodava muito, principalmente porque ela amava cozinhar e não podia ficar muito tempo em pé. Sua energia e disposição não eram as mesmas de antes, então, todo domingo eu levava café na cama para que ela não precisasse descer as escadas; batíamos um papo de meia hora e isso a deixava mais relaxada.
Um dia ela acabou me chamando de filha e no fundo, bem no fundo, eu agradeci por ela ter entrado em minha vida. Fazia um mês que eu estava na cidade e não sabia quando voltaria para Vancouver. Apesar de amar Dieppe, Vancouver virou a minha segunda casa e agora tenho uma terceira, ficava difícil escolher.
Charlie estava amando me ter por perto, principalmente depois que nós dois conversamos sobre nós. Decidimos ir com calma e deixar rolar, estarmos juntos era mais importante do que forçar um relacionamento porque "é assim que tem que ser", sendo que, até hoje, nenhum dos dois disse aquelas três palavras. Como ele mesmo disse naquele áudio, era bom dizer quando tivéssemos certeza.
De vez em quando eu me pegava distraída olhando para ele. Normalmente Charlie não faz nada demais, mas, para mim, parecia a coisa mais interessante do mundo. As meninas já disseram que nós dois nos amamos e somos os únicos que não percebemos isso.
— Aury — exclamou Meghan, entregando-me a xícara de café —, hoje nós decidimos ir patinar no gelo. Você quer ir?
— Patinar no gelo?! — respondi animada. Eu nunca nem se quer patinei. — Claro!
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A Arte Entre Nós
Fanfiction"É comum ouvir que a Arte pode mudar vidas e tocar as pessoas, mas nem sempre ela é aceita como uma carreira. Aurora Rizzi é uma jovem de 21 anos que sonha em viver daquilo que mais lhe dá prazer: escrever. É através de uma oportunidade que ela deci...