Capítulo 12

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No dia seguinte, antes do café da manhã, Hermione foi até a Torre de astronomia. Por algum motivo sabia que ia encontrar Malfoy lá em cima. E estava certa.

—Eu não fui. — disse ele quando viu a garota terminando de subir as escadas. —Eu não fui até lá. Prefiro que Potter pense que sou um covarde do que perder sua amizade. Eu ia dizer isso ontem, mas você saiu correndo.

—Eu sei. Me desculpe ter me irritado com você. Só não queria que arranjasse problemas. — disse ela, passando uma mão pelo braço, completamente sem jeito.

—Então estamos bem? — perguntou ele, olhando de canto para ela.

—Estamos bem. Com certeza. — ela abriu um sorrisinho.

—Hoje é dia de correio se eu receber mais doces...

—Guarde. — ela o interrompeu. — Me dê a tortinha depois. Não arranje mais briga com Harry por causa disso. — ela disse e ele assentiu com a cabeça.

Foram cada um por um lado, até o salão principal, para o café da manhã.

Sentado à mesa da sonserina, Malfoy irritou-se ainda mais vendo as caras vitoriosas de Rony e Harry, provavelmente rindo dele nesse momento, foi o que pensou.

Hermione agora se recusava terminantemente a falar com Harry ou Rony novamente, o que para os dois foi um alívio.

Agora tudo o que queriam, era um jeito de se vingar de Malfoy, e para sua grande satisfação, a oportunidade chegou pelo correio mais ou menos uma semana depois.

Quando as corujas invadiram o salão como de costume, a atenção de todos foi atraída por um longo pacote, carregado por seis corujonas. Harry sentiu tanta curiosidade quanto os outros para ver o que havia no pacote, e se surpreendeu quando as corujas desceram planando e o largaram bem diante dele, derrubando seu bacon no chão. Mal tinham se afstado quando outra coruja deixou cair uma carta bem em cima do pacote.

Hermione ficou observando enquanto Harry lia a carta, mas não abriu o pacote. Harry teve dificuldade de esconder a alegria enquanto passava a carta para Rony ler. E Hermione tentou não ficar curiosa sobre isso, mas era mais forte que ela.

Ela virou-se para Malfoy, que parecia ter tido o mesmo plano que ela, por que os dois mexeram na gravata ao mesmo tempo, e se levantaram de suas mesas pouco antes de Rony e Harry saírem com pressa do salão, querendo desembrulhar o pacote.

Mas no meio do saguão de entrada, os dois tiveram a passagem bloqueada por Crabbe e Goyle. Malfoy tirou o pacote das mãos de Harry e apalpou.

—É uma vassoura. — disse alto o suficiente, para Hermione escondida na curva do corredor escutar. Atirou de volta para Harry com uma expressão de despeito. —Vai se ferrar dessa vez, Potter, alunos do primeiro ano não podem ter vassouras.

Rony não conseguiu resistir.

—Não é uma vassoura velha qualquer, é uma Nimbus 2000. Que foi que você disse que tem em casa, Draco? Uma Comet 260? — Rony riu para Harry. — A Comet enche os olhos, mas não tem a classe de uma Nimbus.

—Que é que você entende disso, Weasley? — perguntou ríspido. — Você não poderia comprar nem metade do cabo. Vai ver você e seus irmãos tem que economizar para comprar palha por palha. — disse, e Hermione não gostou nem um pouco desse comentário, e torceu o nariz, apesar de que Rony era quem havia tentado humilha-lo primeiro.

Antes que Rony pudesse responder, o professor Flitwick apareceu do lado de Malfoy.

—Não estão brigando, meninos, espero. — disse com a voz esganiçada.

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