Parte 1
Hermione caminhava quase que saltitando pela rua, carregando sua carta na mão, ainda sem acreditar. Agora tudo fazia sentido, todas as coisas esquisitas que ela fazia e não sabia explicar.Caminhava pelo Beco Diagonal comprando tudo o que precisava - e o que não precisava - para seu primeiro ano estudando em uma escola de bruxaria.
Olhou a lista mais uma vez para ver o que faltava. Tinha que comprar o uniforme. Seus pais conversavam com os pais de outro menino, que também iria para o primeiro ano em Hogwarts.
Ela entrou na Madame Malkin - Roupas para todas as ocasiões - e começou a vasculhar pelos cabides, curiosa. Achava aquelas roupas muito engraçadas. Vestidos escuros com renda. Casacos de camurça com botões. Saias compridas de seda.
—Procurando os uniformes? — perguntou uma senhora gentilmente, olhando por cima dos óculos. Hermione fez que sim com a cabeça. — Por aqui. — a mulher fez um sinal e Hermione a seguiu até o outro lado da loja.
Foi até o vestiário com as várias peças do uniforme para experimentar. Achava engraçado. Uma camisa, um suéter, uma saia, um par de meias, uma capa comprida, uma gravata e até um chapéu pontiagudo. Na sua antiga escola o uniforme era só uma calça e uma camiseta. E um casaco para os dias frios.
—Acha que ficou bom? — perguntou ela, saindo do vestiário. A senhorinha sorriu.
—Ficou adorável. Você é uma linda menina.
Hermione sorriu sem jeito. Raramente era elogiada por alguém que não era de sua família.
—Ah... Nem tanto... — respondeu. — Tem esse meu cabelo que ninguém da jeito, — apontou para o volumoso cabelo em sua cabeça. — e esses dentes maiores que o normal. — disse e virou-se para o espelho para olhar como o uniforme ficava mais uma vez antes de tirá-lo. — Mas até que gosto do meu nariz. E minha boca é rosinha naturalmente então não preciso usar batom. — sorriu.
—É uma menina esperta, vai se dar bem em Hogwarts.
Hermione entrou de novo no vestiário e pôs de volta sua roupa. Entregou o uniforme para que a senhora o empacotasse.
Ficou olhando os vestidos novamente enquanto a mulher não trazia seu uniforme. De relance olhou para um canto da loja e viu um garoto parado, encarando-a.
Ele pareceu ter se assustado de ter sido pego no flagra olhando para Hermione, pois virou-se para o outro lado numa velocidade surpreendente.
Hermione ficou observando o garoto, curiosa. Geralmente garotos não olhavam para ela. A não ser que fosse para fazer chacota, ou pedir a resposta da lição de casa.
O garoto a olhou com o cantinho do olho e desviou o olhar. Ela franziu as sobrancelhas. Deu alguns passos para mais perto.
Ele a olhou de novo e ela suavizou as linhas de expressão. Caminhou até ele.
—O que você quer? Por que fica me encarando? — cruzou os braços.
—Achei que te conhecia. — disse ele, passando a mão pela nuca. Ela cruzou os braços.
Esse garoto era esquisito, engomadinho, com essa roupa cara, e o cabelo penteado para trás. Aliás, que cabelo diferente. Ela nunca tinha visto um cabelo tão claro antes. Era quase branco. Mas o que mais chamou atenção foram os olhos. Aqueles olhos azuis pareciam ser tão frios que ela jurou ter sentido um arrepio na espinha.
—Fala logo o que você quer. — ela retrucou com firmeza.
—Você vai pra Hogwarts, não vai? — ele perguntou.
—Vou, por que?
—Primeiro ano? — ele perguntou, sem se importar em responder a pergunta dela.
—Sim. — ela respondeu, pensando se deveria ou não questionar novamente. O garoto, no entanto, abriu um sorriso.
—Seremos colegas. — disse e ela sorriu também. Era bom fazer alguma amizade antes de chegar lá. Morar num castelo imenso sem conhecer ninguém não parecia muito divertido. —Para qual casa você quer ir? — ele perguntou. Ela se contorceu mentalmente. Havia lido vagamente sobre as casas de Hogwarts.
—Minha mãe era da Corvinal, então quero ir para a Corvinal. — disse ela. Mentiu, é claro. Seus pais não frequentaram Hogwarts, mas ela precisava embasar seu argumento em alguma coisa.
—Se acha inteligente? — ele perguntou numa risada. Ela torceu o nariz para ele, levemente ofendida com a pergunta. —Está tudo bem, eu também me acho inteligente. Mas quero ir para a Sonserina, igual meus pais.
Nesse instante, a senhora trouxe o pacote de Hermione.
—Tenho que ir. Até mais. — disse ela, se despedindo e virando em direção a porta. Ele segurou sua mão antes que ela escapasse.
—Espera! — disse, ela virou-se para trás, puxando sua mão. — Me diz seu nome.
—Hermione Granger. — estendeu a mão para ele. — E o seu?
—Malfoy. Draco Malfoy. — apertou a mão dela.
—Nos vemos no trem, Draco Malfoy.
—Até lá, Hermione Granger.
Ela voltou para onde estavam seus pais, e aquela família tão engraçada com quem fizeram amizade. Eram todos ruivos.
O filho mais novo deles, que seria seu colega em Hogwarts, estava com o nariz grudado à vidraça de uma loja, olhando para uma vassoura. Hermione achou engraçado por que achava que bruxas que voam em vassouras era coisa de filme, mas acabou descobrindo ser real por que ela era uma dessas bruxas - que voaria em uma vassoura se quisesse, por que tinha medo de altura e preferia não arriscar.
—Ainda falta o caldeirão. — disse ela para a mãe.
—Então vamos.
—Foi um prazer conhecê-los. — se despediu a mulher ruiva com um sorriso.
—Igualmente, senhora Weasley. — respondeu a mãe de Hermione, também sorrindo.
Se afastaram. Terminaram suas compras e logo foram para casa.
Durante o jantar, Hermione quase não conversou com os pais, como geralmente costumava fazer.
Estava perdida em seus pensamentos, lembrando do primeiro garoto que havia a tratado bem em toda a sua vida.
E como ele era bonito.
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Love spell
Fiksi PenggemarHermione Granger, no auge dos seus onze anos, apaixona-se pela primeira vez, sendo completamente hipnotizada por aquele belíssimo par de olhos azuis. -- #7 em Dramione dia 02/01/2021 #1 em Dramione dia 03/01/2021 #8 em Dramione dia 18/05/2021 #1 em...