Capítulo 33

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No dia de voltar a Hogwarts, Hermione acordou mais cedo do que precisava. Estava ansiosa. E além das aulas, ela não negava que morar num castelo era uma coisa muito incrível. E aquele ano havia sido incrível. Fora toda aquela história da Pedra, que a fazia sentir enjoada só de lembrar.

Chegaram na estação, e Hermione deu um abraço nos pais.

—Não se meta em problemas dessas vez. Não se meta em nada que não for da sua conta. — disse a mãe.

—É para o seu bem. Ficamos preocupados. — completou o pai.

—Tudo bem. Eu prometo não me meter em mais nada que não seja da minha conta. — disse ela, com a mão escondida no bolso.

Empurrou seu carrinho contra a plataforma e a travessou, invadindo aquele ambiente que agora para ela era tão familiar. A fumaça do trem, e as malas para todos os lados, conversas altas, gatos andando entre as pernas de seus donos e corujas piando. Ela avistou de longe Malfoy, e ele estava acompanhado de seu pai. Ela sentiu um arrepio só de ver aquele homem. E então ela entrou no trem de uma vez.

Enfiou sua mala para o compartimento do bagageiro e ficou la, sentada sozinha numa cabine. Ela não desgrudava os olhos da janela, esperando para ver se Rony ou Harry iam aparecer, mas provavelmente já tinham chegado, e estavam lá em uma cabine só deles. E ela não quis ir procurar, por que ainda se sentia traída.

Quando se endireitou no banco, viu Malfoy parado na porta de sua cabine.

—Procurando alguma coisa? — ele perguntou com um sorriso de lado. Hermione cerrou os olhos.

—Sim, procurando minha tortinha de abóbora.

Ele riu e tirou uma do bolso, jogando para ela.

—Achei que já teria esquecido. — disse, sentando-se no banco à frente de Hermione.

O trem apitou, e depois começou a se mover lentamente. A velocidade ia aumentando com o tempo, e logo já estavam correndo pelos campos verdes, e cheios de vaquinhas. O sol estava lá no alto.

—Como foram as férias? — ele perguntou.

—Foram ótimas. Eu e meus pais fomos acampar no lago, em Crawley. E você? — ela estava animadíssima, mas Malfoy se remexeu no assento.

—Meus pais não gostam muito de viajar. — respondeu um pouco desanimado. — Mas temos um quintal enorme, e eu pratiquei muito para entrar no time de quadribol da Sonserina esse ano.

—Você vai conseguir com certeza! — disse ela, animada.

—Tomara que sim. — ele esfregou uma mão na outra.

—Fique tranquilo. Vai dar tudo certo.

E depois de algum tempo, Neville colou a cara no vidro da cabine e franziu a testa.

—O que faz aqui, Malfoy? — ele perguntou sem gaguejar. Malfoy e Hermione se olharam rapidamente. Levou um segundo pra Hermione inventar uma desculpa.

—Veio testar a minha paciência, só para variar. Já me incomodou o bastante, agora pode ir embora! — disse ela, franzindo a sobrancelha para Malfoy. Ele se forçou a colocar um sorriso de desdém no rosto.

—Esquentadinha, sabe-tudo. — ele se levantou e saiu rindo. Hermione o escoltou até a porta.

—E não volte mais aqui. — disse alto. — Volte mais tarde. — cochichou para que só ele ouvisse. Malfoy piscou e saiu.

Ela entrou bufando de volta na cabine e se sentou no meu lugar.

—Fazia muito tempo que ele estava aqui? — perguntou Neville.

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