Capítulo 47

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Hermione deixou a ala hospitalar, sem bigodes, sem rabo, sem orelhas e sem pelos, no início de fevereiro. Na primeira noite de volta à torre da Grifinória, Harry veio até ela com um caderninho preto com capa de couro. Um diário, disse ele, de um tal T. S. Riddle, e lhe contou como o tinha encontrado, com a Murta. 

—Ah, talvez tenha poderes secretos! — respondeu ela entusiasmada, apanhando o diário e examinando-o com atenção. 

—Se tiver, deve estar escondendo esses poderes muito bem. — disse Rony. — Vai ver é tímido. Não sei por que você não joga essa coisa fora, Harry. 

—Eu queria saber por que alguém tentou joga-lo fora. E também gostaria de saber por que é que Riddle ganhou um prêmio por serviços especiais prestados a Hogwarts. 

—Pode ter sido por qualquer coisa. — disse Rony. — Talvez tenha ganho trinta corujas, ou salvou um professor dos tentáculos de uma lula gigante. Talvez tenha assassinado a Murta; isso teria sido um favor pra todo mundo...

Mas Harry podia dizer pela expressão parada no rosto de Hermione que ela estava pensando no mesmo que ele. 

—Que foi? — perguntou Rony olhando de um para o outro. 

—Bom, a câmara secreta foi aberta há cinquenta anos, não foi? Foi o que disse Malfoy... — disse Harry. 

—É... — disse Rony lentamente. 

—E este diário tem cinquenta anos... — disse Hermione, lendo a data gravada na capa do diário e tamborilando os dedos por ele, agitada. 

—E daí?

—Ah, Rony, vê se acorda! — retrucou a garota. — Sabemos que quem abriu a câmara da última vez foi expulso há cinquenta anos. Sabemos que T.S. Riddle recebeu um prêmio por seviços especiais prestados à escola há cinquenta anos. Muito bem, e se Riddle recebeu o prêmio por ter pego o herdeiro de Slytherin? O diário dlee contaria tudo, onde fica a câmara, como abri-la,  que tipo de criatura mora lá, e a pessoa que está por trás desses ataques desta vez não gostaria de ver o diário rolando por aí, não é?  

—É uma teoria brilhante, Hermione — disse Rony. — Só tem um furinho pequenininho. Não tem nada escrito no diário. 

Mas Hermione estava tirando a varinha de dentro da mochila. 

—Talvez seja tinta invisível! — sussurrou. 

A garota deu três toques com a varinha e disse: 

Aparecium! 

Nada aconteceu. Sem desanimar, Hermione meteu a mão outra vez na mochila e tirou uma coisa que parecia uma borracaha vermelho-berrante. 

—É um revelador que comprei no Beco Diagonal. — ela explicou.

Ela esfregou a borracha com força em "primeiro de janeiro". Nada conteceu. 

—Estou dizendo que não tem nada aí para se achar. — falou Rony. — Riddle simplesmente ganhou um diário de Natal e não se deu ao trabalho de usa-lo. 

Mas Harry e Hermione ainda achavam alguma coisa intrigante nesse diário. Resolveram visitar a sala dos troféus para investigar melhor o prêmio de Riddle. 

O escudo dourado de Riddle estava guardado em um armário de canto, e não continha razões pelo qual fora concedido. Eles também encontraram o nome de Riddle em uma velha medalha de Mérito em Magia e em uma lista de antigos monitores-chefes. 

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