Capítulo 16

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E quando Hermione voltou para o estádio, escutou Marcos Flint esbravejando:

—Ele não agarrou o pomo, ele quase o engoliu! — mas não fez diferença, Harry não infringira nenhuma regra e Lino Jordan  continuava a gritar alegremente o resultado: Grifinória ganhara por cento e setenta pontos a sessenta. 

Harry porém, não ouviu nada disso. Hagrid lhe preparava uma xícara de chá no casebre, em companhia de Rony e Hermione. 

—Foi Snape. — explicou Rony. — Hermione e eu vimos. Ele estava azarando a vassoura, murmurando, não despregava os olhos de você. 

—Bobagens. — disse Hagrid, que não ouvira uma palavra do que se passava ao seu lado nas arquibancadas. — Por que Snape faria uma coisa dessas? 

Harry, Rony e Hermione se entreolharam, imaginando o que contar. Harry decidiu contar a verdade. 

—Descobri uma coisa. — falou a Hagrid. — Ele tentou passar pelo cachorro de três cabeças no dia das bruxas. Levou uma mordida. Achamos que estava tentando roubar o que o cachorro está guardando. 

Hagrid deixou cair o bule de chá. 

—Como e que vocês sabem da existência de Fofo? 

—Fofo? 

—É... é meu... comprei-o de um grego que conheci num bar ano passado. Emprestei-o à Dumdledore para guardar o...

—O que? — perguntou Harry ansioso. 

—Não me pergunte mais nadaa. — retrucou Hagrid com impaciência. — É segredo. 

—Mas Snape está tentando rouba-lo. 

—Bobagens. — repetiu Hagrid. —Snape é professor de Hogwarts, não faria uma coisa dessas. 

—Então por que ele tentou matar Harry? — perguntou Hermione. 

Os acontecimentos daquela tarde sem dúvida haviam mudado as opiniões dela sobre Snape. 

—Eu conheço uma azaração quando vejo uma, Rúbeo.  Já li tudo sobre o assunto! A pessoa precisa manter o contato visual e Snape nem ao menos piscava. Eu vi! 

—Estou dizendo que vocês estão enganados! — falou Hagrid com veemência. — Não sei por que a vassoura de Harry estava agindo daquela forma, mas Snape não iria tentar matar um aluno! Agora, escutem bem os três: vocês estão se metendo em coisas que não são de sua conta. Isto é perigoso. Esqueçam aquele cachorro e esqueçam o que ele está guardando. Isto é coisa do professor Dumbledore e Nicolau Flamel... 

—Ah-há! — exclamou Harry. — Então tem alguém chamado Nicolau Flamel metido na jogada, é?

Hagrid parecia furioso consigo mesmo. 

♦♦♦

Hermione não falou mais com Malfoy pelos próximos dias, por que ainda não sabia exatamente que palavras usar, e ele também não parecia querer conversar com ela. Ficava só aquele clima estranho, quando se viam nas aulas, ou quando seus olhares se encontravam no grande salão. 

E quanto mais Malfoy se afastava, mais ela se aproximava de Harry e Rony. 

E Malfoy percebia isso. Estava sentando em seu salão comunal, com o olhar perdido no nada quando Pansy e Astória aproximaram-se dele e sentaram, uma em cada lado do garoto. 

—O que está acontecendo? — perguntou Astória. — Pansy e eu estamos preocupadas. — disse ela. Pansy concordou com a cabeça. Ele a olhou por um rápido momento mas logo voltou a olhar qualquer coisa no tapete. 

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