Capítulo 13

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Harry e Rony se misturaram aos alunos da Lufa-lufa para conseguir escapar, e logo estavam em um corredor completamente vazio. Tinham acabado de virar num canto quando escutaram passos apressados.

—Percy! — sibilou Rony, puxando Harry para trás de um enorme grifo de pedra.

Espiando para os lados, no entando, não viram Percy, mas Snape.  Ele atravessou o corredor e sumiu de vista.

—Que é que ele está fazendo, por que não está la em baixo com os outros professores? — cochichou Harry.

—Não me pergunte.

O mais silenciosamente possível, eles se esgueiraram pelo próximo corredor nas pegadas de Snape.

—Ele está indo para o terceiro andar. — disse Harry, mas Rony levantou a mão no ar.

—Você está sentindo um cheiro?

Harry fungou e um fedor horrível invadiu suas narinas. Uma mistura de meias velhas e banheiro público que nunca é limpo.

E em seguida ouviram um grunhido baixo e passadas de pés gigantescos. Rony apontou: no final do corredor, à esquerda, alguma coisa enorme estava vindo no sentido contrário. Eles se encolheram no escuro e procuraram ver o que era quando a coisa passou por um trecho iluminado pelo luar.

Era uma visão medonha. Quase quatro metros de altura, pele cinzenta, o corpanzil cheio de calombos como um pedregulho e uma cabecinha no alto, que mais parecia um côco. Tinha pernas curtas e grossas como troncos de árvore e pés chatos e calosos. Segurava um enorme bastão de madeira, que arrastava pelo chão, por que seus braços eram compridissimos.

O trasgo parou próximo a uma porta e espiou para dentro. Abanou as longas orelhas, tentando fazer a cabeça minuscula pensar, e depois entrou devagar na sala.

—A chave está na porta. — murmurou Harry. — Podiamos tranca-lo lá dentro.

—Boa ideia. — concordou Rony, nervoso.

Eles se esgueiraram até a porta aberta, as bocas secas, rezando para o trasgo não resolver sair naquele instante. Com um grande salto, Harry conseguiu agarrar a chave, bater a porta e tranca-la seguramente.

Pronto!

Afogueados com a vitória, começaram a correr de volta pelo corredor, mas ao chegarem num canto, ouviram uma coisa que fez seus corações pararem — um grito alto e enregelante — e vinha da sala que acabaram de trancar.

—Ah, não! — exclamou Rony, pálido como o Barão Sangrento.

—Vem do banheiros das meninas.

Hermione! — os dois disseram juntos.

Era a última coisa que queriam fazer, mas que escolha tinham? Dando meia-volta, correram até a porta e giraram a chave, atrapalhados de tanto pânico — Harry escancarou a porta — e entraram correndo.

Hermione estava encolhida contra a parede oposta, parecendo prestes a desmaiar. O trasgo avançava para ela, derrubando as pias que estavam na parede em seu caminho.

—Distrai ele! — Harry pediu desesperado a Rony, e, agarrando uma torneira, atirou-a com toda força contra a parede.

O trasgo parou a um metro de Hermione. Virou-se com lentidão na direção de onde veio o barulho. Piscou com seus olhos malvados na direção de Harry. E em seguida, ergueu o bastão e se precipitou para o garoto.

—Oi, cabeça de ervilha! — berrou Rony do outro lado do banheiro, e atirou contra ele um cano de metal. O trasgo nem apreceu sentir, o cano bateu no seu ombro, mas ele se virou na direção de Rony por que escutou o berro do menino.

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