Capítulo 40

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Àquela noite, Harry, Rony e Hermione escolheram poltronas na sala comunal o mais afastado possível de Percy.

Rony continuava de muito mau humor e não parava de borrar com a pena seu dever de Feitiços. Quando ele esticou a mão, distraidamente, para remover os borrões, acabou colocando fogo no pergaminho. Fumegando quase tanto quanto seu dever, Rony fechou com estrondo seu Livro Padrão de Feitiços, 2 série. Para a surpresa dele e de Harry, Hermione fez o mesmo.

—Mas quem é que pode ser? — perguntou ela baixinho, como se estivesse continuando uma conversa já iniciada. — Quem iria querer afugentar todos os abortos e trouxas de Hogwarts?

—Vamos pensar. — disse Rony, fingindo-se de intrigado. — Quem é que conhecemos que acha que trouxas são escórias? — perguntou ele olhando para Hermione, e ela sustentou o olhar firme contra ele.

—Se você está pensando no Draco...

—É claro que estou!  —exclamou Rony. —Você ouviu quando ele disse: "Vocês serão os próximos, sangue-ruins!", vem cá, a gente só precisa olhar para aquela cara nojenta de rato para saber que é ele.

Hermione torceu o nariz com a afirmação.

—Draco, o herdeiro de Slytherin? — perguntou ela, cética, cruzando os braços.

—Olha só a família dele. —disse Harry fechando o livro também. — Todos foram da Sonserina; ele está sempre se gabando disso. Podiam muito bem ter sido descendentes de Slytherin. O pai dele, decididamente, é bem malvado.

—Eles poderiam ter guardado a chave para a Câmara Secreta durante séculos! — disse Rony. — Passando de pai para filho...

E Hermione sentiu o estômago embrulhar com esse pensamento. Até fazia algum sentido, e ela sentiu um amargo na boca.

—Bem, — disse ela, cautelosa. — suponhamos que isso seja possível...

—Como iríamos provar? — completou Harry deprimido.

—Talvez haja um jeito. — disse Hermione pausadamente, baixando a voz ainda mais e lançando um breve olhar para Percy do outro lado da sala. —Claro que seria difícil, e perigoso, muito perigoso. Estaríamos desrespeitando umas cinquenta normas da escola, acho...

—Direto ao ponto, Hermione. — pediu Harry. Ela balançou a cabeça.

—Certo. Chama-se poção Polissuco.

—Que vem a ser isso? — perguntou Rony.

—Snape mencionou na aula semanas atrás. — disse ela.

—Francamente, acha que não temos nada melhor para fazer na aula de poções do que ficar prestando atenção em Snape? — bufou Rony. Hermione revirou os olhos, ignorando essa afirmação.

—Ela transforma você em outra pessoa. Penso só nisso! Poderíamos nos transformar em alunos da Sonserina. Ninguém saberia que somos nós. Draco provavelmente nos contaria qualquer coisa. — ela disse e fez uma breve pausa, para engolir o sentimento ruim que a atravessou. Ela achava que ele ja contava qualquer coisa para ela. Achava que eram melhores amigos. —Provavelmente deve estar se gabando de ser o herdeiro nesse exato minuto na sala comunal. Se ao menos pudéssemos ouvir...

—Ok, vamos lá. Diga agora qual é o problema dessa poção. — disse Rony. — Nunca é tão simples não é? — Hermione deu um suspiro longo.

—Além da dificuldade de prepara-la, é claro, tem mais um  problema. A receita está num livro chamado Poções muy potentes, e o exemplar fica na seção reservada da biblioteca.

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