Capítulo 34

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No outro dia de manhã, Hermione lia um dos livros de Gilderoy Lockhart no café da manhã, bebendo um copo de leite, quando Harry e Rony chegaram no grande salão e se sentaram perto dela. Ela os olhou com muito descaso quando deram bom dia.

Logo chegou o correio, e Rony gemeu de descontentamento ao lado dela.

—Que foi? — Harry perguntou, e Hermione abaixou seu livro para ver o que estava acontecendo.

—É um berrador. — ele respondeu, parecendo muito apreensivo.

—Um berrador? — perguntou Harry, confuso. Neville esticou o pescoço.

—É melhor você abrir logo. — dise Neville para Rony. — Uma vez minha vó me mandou um berrador, e eu não abri na hora. As consequências foram... — e ele foi interrompido por um arrepio que chacoalhou todo o seu corpo. E isso era melhor descrição do que qualquer palavra que pudesse vir a seguir.

—Tudo bem. — Rony respondeu, ficando vermelho de constrangimento. Hermione fechou o livro, e assistiu a cena com curiosidade.

No momento que Rony quebrou o celo e puxou para cima a abertura do envelope, ouviu-se um grito que calou todo o salão.

"Ronald Weasley! Como se atreveu roubar aquele carro? Eu estou ABSOLUTAMENTE DESGOSTOSA! Seu pai está agora enfrentando um inquérito no trabalho, e a culpa é inteiramente sua!"

Hermione absorveu todo o constrangimento que Rony estava sentindo nesse momento. Ele estava mais vermelho que seus cabelos e de cabeça baixa. E Hermione tentava fingir que não estava escutando a carta, mas a verdade é que a voz da senhora Weasley estava atingindo seus ouvidos como se fosse um soco no seu tímpano.

"Eu não teria me surpreendido se o tivessem expulsado, espere até eu por as mãos em você, suponho que não parou para pensar no que seu pai e eu passamos quando vimos que o carro tinha desaparecido"

Os gritos da senhora Weasley eram cem vezes mais alto que qualquer ruído no grande salão, até por que todo mundo parecia estar no mais absoluto silêncio. Rony afundou tanto no banco que só deixava a testa vermelha visível, e Hermione ficou até com remorso, por ter ficado chateada com eles.

"Quando recebemos a carta de Dumbledore na noite passada, achei que seu pai e eu morreríamos de vergonha, não o criamos para se comportar assim! Você e Harry poderiam ter morrido!"

E Hermione estava pensando quando é que o nome de Harry ia aparecer. E Harry parecia tão desconfortável quanto Rony agora. Hermione olhou em volta do salão, observando alguns alunos cochichando entre si e dando risadinhas.

"Se você colocar outro dedinho fora da linha, nós vamos trazer você DIRETO PARA CASA!"

E logo o tom de voz da carta abaixou consideravelmente.

"Ah, e Gina, querida, parabéns por entrar para a Grifinória. Seu pai e eu não poderíamos estar mais orgulhosos de você"

E então num chiado a carta pegou fogo e desapareceu em cinzas. Harry e Rony ficaram aturdidos como se uma onda gigante tivesse passado por cima deles.

Ouviram-se risadas pelo salão, e logo depois a balbúrdia de sempre. Hermione esticou sua mão até o ombro de Rony, compadecida pelo constrangimento, e quando ela ia abrir a boca para falar com ele, ele franziu as sobrancelhas pra ela.

—Se vai dizer que eu mereci isso, pode ir tirando o cavalinho da chuva. — e cruzou os braços.

Hermione puxou sua mão de volta, sentindo um gosto amargo na boca. Dessa vez, ela nem tinha pensado em falar algo assim. Queria conforta-lo, apenas.

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