Security check.

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Ana achava aquilo extremamente perigoso, mas a grande verdade era: quanto menos você se importava, mais feliz seria.

Harry havia deixado a porta da frente de sua casa destrancada para que, quando Ana chegasse, pudesse entrar sem qualquer problema.

Assim como o combinado, Ana adentra a bela casa e notava que o lugar estava completamente escuro, como se tivesse escurecido e Harry optado por não acender as luzes.

Muito lentamente e completamente sem jeito a garota chamou por ele, sem resposta. Mais alguns passos até ela conseguir acender a luz da sala, pendurando as chaves dele no pequeno gancho perto da porta da frente.

As gigantescas janelas que sempre iluminavam a casa estavam completamente cobertas pelas persianas, não deixando entrar o brilho cintilante da bela cidade noturna lá fora.

-Harry?

Ela chamou mais uma vez, caminhando na ponta dos pés com a lanterna do seu telefone. Harry não atendia ou respondia mensagens há horas e Ana até ousaria dizer que ele parecia um pouco angustiado pela forma que digitou mais cedo.

Subindo as escadas, a porta de seu quarto estava ligeiramente aberta, o que fez com que Ana desligasse sua lanterna e entrasse suavemente. Seus olhos lentamente se ajustaram à falta de luz para então conseguir vê-lo enrolado sobre as cobertas em sua cama king size, cachos castanhos contrastando com lençóis brancos.

Seu coração até doía com o pensamento de quanto cansaço ele tinha acumulado para estar daquela forma, em sua própria concha, sem qualquer contato com o mundo exterior.

Harry era bom em fazer parecer que não havia nada de errado ou que ele seria capaz de lidar com qualquer coisa sozinho.

Débora havia estendido a mão, mas ele havia dito que estava apenas cansado. Felizmente Ana estava o conhecendo um pouquinho melhor e estava lá para deixá-lo saber que não precisava passar por certas coisas sozinho.

Ela, cuidadosamente, se sentou na beira da cama, colocando a mão levemente sobre a testa dele e o acariciando-o suavemente.

Sua beleza era como a de um belo retrato, ficava bem em qualquer ângulo, sobre qualquer perspectiva.

-Harry?

Sussurrou duas vezes, até que os olhos de Harry se abriram lentamente com uma camada de surpresa na íris cor de esmeralda.

-Você veio! -sorriu calorosamente-
-Pode apostar que sim.

Ana sussurrou de volta, já sorrindo, com dedos ainda acariciando sua pele implacavelmente macia.

Harry estendeu ambos os braços e envolveu sua namorada neles, a fazendo rir por suas bochechas estarem mais próximas do que nunca.

-Que horas são?

Perguntou com voz rouca.

-São nove da noite, há quanto tempo está dormindo?

Harry respirou fundo, fazendo as contas na mente antes que ela se sentasse novamente.

-Cerca de quatro horas, ou mais, eu não sei.
-E você comeu alguma coisa quando chegou do trabalho?

Ana perguntou, notando sua camisa social e calças bonitas demais para um pijama. Harry balançou a cabeça negativamente e, como se seu corpo também quisesse responder, seu estômago roncou de insatisfação.

Ana o olhou com olhos brilhantes, ele era a melhor coisa que havia acontecido e ela se importava. Inclinando-se apenas o suficiente, a arquiteta pressionou os lábios na testa do médico, dando-lhe um beijinho suave em sua pele ligeiramente aquecida.

Harry as my gynecologistOnde histórias criam vida. Descubra agora