Seus braços a despertaram de seu sono pesado enquanto as cobertas abraçavam seu corpo inteiro, o ar condicionado do quarto dava uma sensação relaxante e Ana esfregou uma panturrilha sobre a outra, aconchegando-se perto do travesseiro de Harry.
Quando seu corpo não se moldou ao dele, seus olhos se abriram. Um suspiro escapou de seus lábios acompanhado de uma súbita vergonha por ainda estar dormindo e ele não.
Penteando seu cabelo e escovando os dentes para parecer no mínimo apresentável, Ana desceu as escadas bem devagar, procurando por ele.
Na cozinha vazia, Ana garantiu um copo de água e, por pura sorte, ele não caiu no chão com o que ela tinha visto lá fora.
A visão bem diante de seus olhos fez com que sua barriga revirasse em cambalhotas inacreditáveis. Por instinto, Ana se encostou na moldura da grande porta de vidro, apertando os olhos contra a luz do sol mais forte do dia.
Ele estava sentado na grama no meio do quintal, de bermuda e camiseta regata, puxando halteres pesados sem qualquer esforço. Seus bíceps se alongavam deliciosamente, seu peitoral se definia em cada puxada e ele quase brilhava dourado naquela posição.
Ana se repreendia mentalmente pelos sentimentos que corriam do seu coração até o meio de suas pernas. Era uma bela vista.
A garota levou o copo à boca e quase engasgou com o líquido quando Harry decidiu virar a cabeça para olhá-la, notando sua presença ali. Seu olhar esmeralda encontrou o dela e, em um segundo os halteres atingiram a grama com um estralo. Harry rapidamente se levantou e alcançou sua namorada com apenas três passos largos.
Ele deu alguns tapinhas na bunda para se livrar da grama que havia grudado junto com o suor enquanto Ana ainda tentava recuperar o fôlego e se livrar do copo que a denunciara.
Sua palma pressionou o diafragma por cima da camisa de Harry, enquanto ele deixou um beijo forte em seus lábios, ignorando se parecia suado ou não.
-Gostou do que viu, baby?
Harry sorriu, beliscando levemente o quadril dela. E ele não pôde resistir, lhe deu outro beijo antes que ela pudesse responder.
-Bom dia... -sorriu, timidamente-
-Bom dia, pensei em te chamar, mas não tive coragem.Ana riu.
-Você comeu alguma coisa? Me ajude a malhar, namorada sonolenta.
Ana riu ao revirar os olhos, se afastando apenas um pouquinho do corpo majestoso dele.
-Você não parecia precisar da minha ajuda ali. -piscou-
Harry sorriu com suas covinhas, Ana o tocou em seus braços firmes. Além de todos os outros quinhentos motivos, ela também estava apaixonada pelo seu corpo.
-É porque eu preciso de outro tipo de ajuda, querida. Mas só depois que comer algo.
Ele falou com um sorriso enorme no rosto e Ana rapidamente sentiu as borboletas entre suas pernas de novo.
A arquiteta fechou os olhos com força e o médico apenas riu, roubando outro selinho de seus lábios entreabertos e manhosos. Harry segurou o rosto dela por um momento, fazendo com que ela o olhasse nos olhos.
-Vamos lá, nada de atividade física antes de um bom café da manhã!
Harry a soltou suavemente, apenas para segura-la por trás e impulsiona-la de volta à cozinha e à mesa de café da manhã bem posta.
-Primeiro você come, depois eu.
Sua declaração era honesta e Ana sorria. Sua voz rouca, corpo suado e olhos verdes eram a causa da umidade entre as pernas e no coração dela.
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Harry as my gynecologist
RomanceGeralmente, quando eu olhava para o pôr do sol, percebia como o céu mudava. O sol se punha e as cores se tornavam mais intensas, mais escuras. Naquele dia, eu não havia notado a mudança. O sol se inclinava para beijar as bordas da terra, se aproxim...