Peace is a pallet full of you.

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Tudo começou assim que a noite se instalou, quando Harry e Ana voltaram à sua cafeteria favorita, após variados jogos e dinheiro gasto em fichas.

A Califórnia soprava uma brisa noturna gelada, mas a pequena loja sempre os acolhia com o delicioso cheiro de café fresco e o calor tão necessário dos livros ao lado.

Eles entraram na fila, entusiasmados, olhos focando no grande menu de opções do quadro-negro, deixado acima do balcão.

Suas mãos balançavam entre seus corpos, dedos mantinham-se entrelaçados. Harry traçava círculos gentis na mão de Ana com o polegar, enquanto a testa dela se franzia com as palavras no menu.

-O quê você acha? Meu latte de caramelo de sempre ou o seu achocolatado hoje?

Harry riu, apontando para o menu antes de olhar para ela. Bochechas rosadas, fios suados, olhos verdes cheios de amor e adoráveis cachos castanhos sobre sua testa.

-Você está com vontade de algo mais leve ou mais doce agora?

Ana perguntou com um leve encolher de ombros, assistindo-o tirar sua jaqueta, seu corpo começado a se esquentar do frio severo da patinação. Os lábios de Ana se curvaram em um sorriso, seus olhos dançavam graciosamente em pura alegria.

Ele rapidamente passou a mão pelos cachos e soltou um suspiro brincalhão.

-Eu quero experimentar o seu achocolatado, mas se for uma merda... -riu- Vou me arrepender profundamente.

Ana riu, deitando a cabeça no ombro dele, percebendo o quanto ainda estava gelada. A medida que se distraiam um com o outro, Harry e ela se aproximaram do balcão e a longa fila pareceu ficar menor após cada novo pedido.

-O achocolatado da Betty é simplesmente o melhor...

Ela falou baixinho, com uma risada interrompida quando a fila parou repentinamente em sua frente. Ana se reergueu e um olhar de confusão tomou conta dos traços perfeitos de Harry com a situação, seus olhos mapeando a cafeteria, imediatamente localizando o problema.

A mulher na frente deles, que não parecia mais velha, estava tentando fazer seu pedido, sem qualquer sucesso. O caixa não conseguia entendê-la.

Todos os funcionários da loja estavam, de repente, atrás do balcão, xícaras de café nas mãos e aventais nas cinturas. Betty estava entre eles.

Afastando-se de Ana para ter uma visão melhor do que estava acontecendo, seu rosto ainda exibia certa confusão.

De repente, Harry notou que a moça estava fazendo sinais com ambas as mãos, dedos movendo-se em diferentes posições, na esperança de que qualquer um dos funcionários a entendesse.

Seu cérebro se acelerou e, lentamente, soltou a mão de Ana e gentilmente tocou o ombro da mulher. Sua cabeça se virou para ele, revelando um rosto coberto por uma expressão de desespero.

Lendo seus olhos imediatamente, Harry estendeu a mão direita e colocou a esquerda por cima, em um punho, com seu polegar no ar.

Os olhos da mulher se suavizaram assim que ela viu as mãos de Harry se moverem para o sinal de "ajuda", balançando a cabeça positivamente então. Ele podia sentir o olhar de Ana nele enquanto a mulher lhe oferecia um sorriso grato.

-Linguagem de sinais.

Ele murmurou para Ana, que estava próxima e com sobrancelhas levantadas com toda a questão. Mas, depois de ler os lábios dele, sua boca se moldou em um grande "oh", enquanto seus olhos também se suavizavam, impressionada.

Harry as my gynecologistOnde histórias criam vida. Descubra agora