Pov Ana
Merecemos um amor que nos deixe sem fôlego, e não sem coração. Sabe quando as pessoas comentam sobre o primeiro beijo ser mágico? Eu já tinha lido sobre essas coisas, mas nunca experimentado de fato.
Quando Harry me beijou, foi como se eu realmente tivesse acabado de ter o primeiro beijo, como se tivesse esquecido todas as outras vezes em que beijei antes daquele dia.
No momento em que entrei na casa dele, me senti como se tivesse deixado o mundo inteiro para trás, juntamente com tudo o que pesara sobre meus ombros durante todo o dia.
Respirei fundo ao deixar meu casaco ao lado do dele e, deixando a bolsa no canto do sofá, caminhei diretamente para o pequeno escritório, onde torci para que ele estivesse.
Harry provavelmente não teria me notado ainda, ele costumava mergulhar fundo em seus estudos e relatórios que o custavam o dia todo. Sendo assim, pude reservar um momento para admirar o maior tesouro que poderia ter encontrado nessa vida: ele.
Eu não podia evitar sorrisos ao vê-lo, vestindo suas calças de moletom, confortáveis e que ele tanto adorava.
Levei mais alguns minutos, apenas o admirando fazer suas coisas e pensando em como eu tinha sorte de agora tê-lo todos os dias.
-Olá, H!
O cumprimentei ao adentrar a sala. Harry tirou os olhos da tela e sorriu amplamente de volta.
-Ana! Eu nem ouvi você chegar, estava tão focado nessa merda...
Harry apontou e eu ri do comentário, o alcançando para um abraço enquanto minhas mãos quentes encontraram caminho para seus ombros, massageando-os suavemente.
-Como vão as coisas?
Perguntei espiando a tela, embora não entendesse nada do que tinha nela.
-Vão bem, eu só precisava ler um último capítulo desse livro.
Harry suspirou de olhos fechados enquanto relaxava sobre o meu toque. Inclinando-me, deixei um beijo em sua bochecha antes de me sentar na poltrona ao lado da mesa, para que pudesse olhar para ele.
-E como foi o seu dia?
Perguntei sorridente, puxando os joelhos contra o peito e os abraçando com os braços.
-Ótimo! Eu... -seu sorriso se alargou- Eu finalmente terminei uma coisa pela qual estava trabalhando há um tempo.
Harry olhou para as próprias mãos, ele fazia isso quando começava a sentir algum nervosismo crescer dentro dele.
-Isso é ótimo, o que é?
Eu tinha total conhecimento do quanto as coisas que Harry criava significavam para ele, então sempre acabava levando um tempo até ele se sentir confortável em compartilhar com alguém, e eu jamais tentaria apressá-lo.
-Eu quero que você ouça.
Disse baixinho, se levantando.
-Ouvir? Eu adoraria.
Harry segurou minha mão e me conduziu até o sofá de sua sala, pegando seu violão e sentando-se do meu lado logo em seguida.
Eu não saberia ao certo dizer como me sentia, mas eu sabia que ele poderia fazer aquilo. Que ele também poderia cantar. E tocar. E obviamente compor.
Harry tocou um acorde, mas rapidamente parou, levando meus olhos de volta aos dele.
-Eu escrevi essa letra dois dias depois de ter te conhecido. -sorriu- E eu nunca tinha tentado ou mostrado para alguém antes, então... -tocou outro acorde- Espero que goste.
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Harry as my gynecologist
RomanceGeralmente, quando eu olhava para o pôr do sol, percebia como o céu mudava. O sol se punha e as cores se tornavam mais intensas, mais escuras. Naquele dia, eu não havia notado a mudança. O sol se inclinava para beijar as bordas da terra, se aproxim...