Starry eyes sparking up my darkest night.

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-Oh, é a minha mãe, gostaria de dizer olá?

Ele murmurou enquanto um pedido do FaceTime iluminava a tela. Ana se levantou da cama no mesmo instante, assustada com a possibilidade.

-Oh, não, não... -se afastou- Ela pode querer conversar sobre alguma coisa, querer privacidade.

Presumiu.

-Hum... -Harry murmurou, sentando-se e arrastando a mão pelos cachos desgrenhados- Ou então ela pode querer dizer olá para você...

Os movimentos de Ana foram interrompidos quando ela fixou seu olhar no dele. Até aquele ponto, ela havia assumido que nenhum dos dois havia contado à ninguém sobre o seu relacionamento.

-Ela sabe quem eu sou?

Questionou, sem saber se a nova informação a deixaria mais animada ou mais terrivelmente ansiosa.

-Talvez...

A boca de Harry crescia em um sorriso infantil e cheio de dentes quando o zumbido do celular se cessou, sinalizando que a ligação dela havia ido para o correio de voz.

-Você gostaria de dizer oi?

Harry perguntou novamente, tímido.

Os olhos de Ana permaneceram arregalados enquanto ela refletia sobre a pergunta em sua cabeça.

-Agora? -deixou escapar uma risada- Harry... Eu estou com um moletom seu, na sua cama. Não é exatamente a melhor maneira para conhecer sua mãe pela primeira vez.

Seus olhos verdes selvagens caíram diretamente para o moletom grande que cobria seu torso, sorrindo.

-Tenho certeza de que ela sabe que não sou virgem, Ana.

Só então o zumbido começava novamente, disparando o coração inquieto no peito dela. Ana respirou fundo, acalmando seus nervos e decidiu se acomodar no lado oposto da cama, longe da vista do telefone.

-Responda! -ela riu- Não perca de novo!

Harry se recostou na cabeceira da cama e ergueu o telefone, quando um som melódico da vídeo chamada conectada tocou no alto-falante.

-Olá querido!

A voz agradável de uma mulher cantava do outro lado da linha.

-Estava dormindo?
-Não, ainda não... Como está?

Harry respondia com um sorriso doce enquanto coçava algum ponto ao longo de seu ombro. Ana podia sentir suas bochechas corarem.

Saber que a mãe de Harry provavelmente sabia sobre ela revirava os nervos em sua barriga.

-Está sozinho? Ana está aí com você?

A pergunta de sua mãe fez os olhos de Harry se erguerem sobre o telefone para ver Ana olhando para ele com um rubor tímido e apavorado ao mesmo tempo.

-Hum, ela... -respondeu com uma risada suave- 

-Posso dizer olá?

Anne respondia então, com um tom encantado ecoando por entre suas palavras.

As sobrancelhas de Harry se ergueram com seu sorriso enquanto ele dava tapinhas no colchão ao lado dele, silenciosamente convidando Ana para conhecer oficialmente sua mãe.

A arquiteta hesitou por um momento, antes de passar a mão na testa e endireitar seu cabelo.

-Espere, mãe. -Harry sorriu- Ela está esperando o rubor sair de suas bochechas.

Harry as my gynecologistOnde histórias criam vida. Descubra agora