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Após Harry fechar a porta e Ana se certificar de tranca-la, eles levaram alguns minutos para digerir e conversar sobre o que havia acontecido.

Ana não poderia se importar daquela vez, ela simplesmente não sentia mais. Não o amava mais. André havia dito à Harry que ainda a amava, e aquilo de fato a pegara de surpresa. Mas ela não acreditaria de novo.

Se ele realmente a amasse, não deveria haver a necessidade de dizer, estaria em seus atos, estaria em tudo o que ele era. Mas não esteve, quase nunca esteve.

Harry, por outro lado, a fazia extremamente feliz. Estava além das palavras, nada mais importava. Chegava ao ponto de ela acreditar que jamais poderia ficar triste de novo.

Ana havia dito à Harry que se lembrava de como ele havia saído: nenhuma palavra, nenhum som, apenas passos para o outro lado da porta, deixando-a com a garganta em chamas e rachaduras no coração para remendar.

Como todas as coisas na vida, a verdade começava a se desfazer e de repente bateria em você como um trem de carga. Aquele relacionamento poderia ter sido apenas a imaginação dela o tempo todo. E ela se sentia uma tola, deu tudo de si e ele não deu nada.

Mas era Harry quem estava lá dessa vez, e ele a escutava.

Ana só queria que ele não tivesse que machucá-la daquela forma, então ela não teria que se arrepender de tê-lo conhecido um dia. A jovem arquiteta não sentia mais a falta dele, realmente não sentia.

Na verdade, Ana sentia muito por ela ter sofrido tanto em tão pouco tempo. Seus coração doía ao lembrar como André havia dito que a amava em um dia e depois tê-la jogada fora no outro.

Ele havia feito inúmeras promessas, mas não conseguiu cumprir uma única. Quão quebrada, confusa e sozinha ela se sentiu quando o viu na porta de novo, mas ela não queria mais.

Não porque ele nunca a tenha amado, mas porque Ana começou a se amar. E não mereceu e nunca mereceria alguém como ele.

Ela o viu ir embora naquela noite estando no mesmo lugar em que a deixara dois meses atrás. E o quão bom foi fechar a porta e ter Harry para abraçá-la. Realmente abraça-la.

"Nós podemos consertar isso." Era o que ele dizia para ela, repetidas vezes, sem soltá-la por um momento sequer.

O mundo era um lugar cheio de mistérios, e o favorito de Ana era como Harry passava a adora-la, amá-la.

Era como perder uma peça importante do quebra-cabeça e então ter a encontrado em sua gentileza. Para ele, Ana poderia construir uma escada até a lua. Para ele, Ana faria os momentos durarem para sempre.

Não importava quantas vezes fosse soletrado, ela agora via apenas um rosto. Quando pensasse na palavra amor, seria Harry.

Na manhã seguinte, a respiração de Ana deixava sua boca em um gemido abafado no segundo que sua visão também começou a ficar embaçada.

Sua cabeça estava inclinada para trás no travesseiro enquanto agarrava o lençol embaixo dela com os punhos cerrados, desesperada para de alguma forma manter seu corpo ancorado à cama.

A decisão de Harry de acordá-la naquela manhã com seus lábios a convencera de que a gravidade havia cedido completamente e nada poderia impedi-la de flutuar até o teto.

No momento em que Harry desapareceu por entre o fino lençol cor de rosa e sua língua letal começou a trabalhar, sua magia só a confirmou.

Seu segundo gemido havia saído muito mais alto do que o primeiro, era quase um apelo incontrolável quando ela sentiu o fogo fervendo em sua barriga. Harry se afastou e movimentou o lençol atrás de sua cabeça.

Harry as my gynecologistOnde histórias criam vida. Descubra agora