Kissable lips.

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-Harry, sobre quem é essa letra?

Ambos os corações bateram como nunca.

Ele tinha duas escolhas: negar ou confirmar. Não havia meio termo. Não mais.

Harry escondeu as mãos trêmulas por trás do corpo, pensativo. Ana não poderia se mexer, pasma, qualquer resposta dele seria crucial agora.

Ana sabia que ele era bondoso e sincero, mas a bela alma que ela conheceria a deixaria sem palavras. A deixaria chocada com a existência de pessoas como ele. Pessoas sobre as quais você leria apenas em livros.

-É sobre mim?

Ela chegou mais perto, seus olhos nunca foram tão firmes nos dele. Ela só precisa de uma confirmação. Uma pista, qualquer resposta satisfatória naquele momento.

-Ana... -sua voz era fraca- Me desculpe, eu não... Eu não quero ultrapassar nenhum limite. Me desculpe se ultrapassei.

Ela pensou, ainda pasma, ainda com a garganta seca. Era uma confirmação.

-Você está apaixonado por mim?

Sua boca se fechou. Ela parecia apavorada, envergonhada, como se tivesse dito a coisa mais errada de todas.

Ana não queria nada além de correr e se esconder para sempre, e ele não queria nada além de segurá-la em seus braços e beijá-la loucamente.

-Por... Quanto tempo? -tentou-
-Hipoteticamente falando...
-Porque eu...

O médico raspou a garganta, nada nunca o havia deixado tão nervoso antes. Ana o interrompeu, torcendo os dedos nervosamente, olhando única e exclusivamente para dentro dos olhos dele.

-Porque eu estou apaixonada por você desde o dia em que te vi pela primeira vez.

Ela assumia primeiro.

Ana costumava se convencer de que almas gêmeas e destino não existiam. Mas, às vezes, vendo as covinhas dele, ela se convencia de que havia encontrado os dois.

-Hipoteticamente... -disse ele- O que você faria se eu dissesse que também estou apaixonado por você? Desde que nos conhecemos, porém com muito receio de dizer qualquer coisa.

Finalmente, ele a olha como se seus olhos fossem grandes faróis. Uma mistura de timidez e descrença pintavam seu rosto delicado.

-Eu choraria. Lágrimas de felicidade, é claro.

Ana havia sido sincera e Harry riu, de repente sentindo-se impaciente, mexendo seu peso de um pé para o outro.

-Bom, isso é bom. Eu posso lidar com isso.

Por um momento Ana se perguntou o que ele queria dizer, mas então, tomado por uma onda de confiança, ele apenas caminhou em sua direção, segurando seu rosto cuidadosamente com ambas mãos. Dedos enfeitados por anéis acariciaram suas maçãs do rosto, até puxa-lá para um beijo.

No momento em que seus lábios colidiram, era como se a casa inteira se derretesse e desaparecesse atrás e ao redor deles. Que, de repente, era só ele e ninguém mais. Harry havia esperado tanto tempo para reunir coragem para beijá-la, para ter seus desejos realizados.

E ali estava ele, finalmente, se deleitando com o sabor de seus lábios e língua frescos, seu coração batendo pressionado contra o dela. Era um beijo rápido, mas o suficiente para deixá-los tontos e sem fôlego. Quando Harry se afastou dela, manteve os olhos fixos em seus lábios entreabertos, inchados e avermelhados por tê-la beijado tão forte. Tão rápido.

-Sem lágrimas!

Ele apontou, sorrindo, tremendo.

-Por enquanto. Beije-me novamente. -disse sem coragem de abrir os olhos-
-Oh, com prazer.

Harry as my gynecologistOnde histórias criam vida. Descubra agora