-Não podemos aqui...
Sofia se esquivou do colega de trabalho, se mexendo no sofá no meio da sala apertada.
-É sério!
Estendendo um braço para impedir as mãos dele de descer para além de sua cintura, o terapeuta da clínica fez uma pausa e franziu os lábios, pedindo silenciosamente por mais um beijo.
-Estou apenas tentando relaxar a minha paciente, o quê há de errado nisso?
Ele abriu um sorriso malicioso, certo do que estava fazendo.
-Mas ainda estamos na clínica e o horário da consulta já deveria...
Ela sussurrou, permitindo que ele a puxasse para mais perto dele, seu quadril perigosamente pairando entre as pernas da médica.
Inclinando-se, ele beijou o queixo e desceu para o pescoço de Sofia, beijando de volta o canto de sua boca antes que ela o beijasse com os lábios primeiro.
O terapeuta pressionou com mais força, persuadindo Sofia a abrir a boca para que ele aprofundasse o beijo.
O momento leve havia se transformado em um pesado rapidamente, mãos descendo e brincando com a barra do uniforme dela, esfregando círculos na pele com o polegar.
A mão do profissional avançou para os seios da loira então, tendo acesso livre e imediato quando a sentiu sem sutiã.
Sofia estava indo bem, sinceramente. Porém, de vez em quando, a menor das coisas a lembrava de Harry e a quebrava completamente de novo.
Ela sabia que não passava pela mente dele mas, de alguma forma, ainda se encontrava se apaixonando catastroficamente pelo que viveram. Mesmo prestes a transar com outro.
Gemendo contra a boca do terapeuta com beijos pesados e massagem apertada em seu mamilo durante o intervalo, ela empurrou o quadril novamente, deixando a pressão quase atingir seu clitóris do jeito certo.
Assim que ele encontrou caminho por de baixo da calça dela, em um ritmo que funcionava muito bem com os beijos lentos em sua boca, a porta da sala se abriu de repente.
-Sofia!
Caramba, ela sentia falta daquela voz.
Ela rapidamente empurrou o terapeuta para longe em um único movimento, fazendo-o rolar para fora do sofá e Harry virar as costas em vergonha.
-Reunião com o chefe.
Foi o que ele disse antes de deixar a sala que gostaria de nunca ter entrado. Enquanto ela assistiu Harry sair pela porta mais uma vez, o colega voltava a escalar o corpo então frio dela.
-Pare!
Engrossou a voz, o fazendo de fato parar.
-Eu preciso ir.
Levantando rapidamente e ajeitando o uniforme enquanto andava, ela também deixou a sala e atravessou a clínica atrás de Harry. O motivo de sua terapia.
Apesar de conseguir se relacionar com outras pessoas, provando ser muito mais difícil do que ela esperava, Sofia sempre o amaria.
Ela andava apressadamente até a sala de reunião, torcendo para que o chefe não estivesse lá ainda. Ela não seria feliz sem ele.
Sofia se lembrava daquilo toda vez que seu coração afundava com as memórias. Ela ignorava a voz em sua cabeça, a voz que a lembrava de que também não seria feliz com ele.
Então era daquela forma que os dias passavam. Eles não falavam sobre o quê havia acontecido, ou sobre qualquer outra coisa. Ambos estavam aceitando e esperando.
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Harry as my gynecologist
RomanceGeralmente, quando eu olhava para o pôr do sol, percebia como o céu mudava. O sol se punha e as cores se tornavam mais intensas, mais escuras. Naquele dia, eu não havia notado a mudança. O sol se inclinava para beijar as bordas da terra, se aproxim...