~ Helena ON ~
Enquanto Bruno se arrumava em frente ao espelho, eu vasculhava nosso quarto em busca do meu celular. A irritação já estava começando a me consumir porque não estava achando o maldito aparelho em lugar nenhum.
- O que está procurando? - meu noivo perguntou, colocando seu paletó.
- Meu celular, não lembro onde coloquei ele. - contei, e sentei na cama me sentindo frustrada. - Quando chegamos em casa ontem você viu se eu tirei o celular do carro?
- Não vi, talvez esteja lá ainda. - deu de ombros.
Resolvendo voltar a procurar o celular depois, comecei a observar o Bruno colocando sua gravata ao redor do pescoço.
Ele amarrou a gravata com tanta rapidez que me deixou surpresa.
- Como amarra ela tão rápido?
- É a prática. - contou, e me olhou pelo espelho. - Vem aqui.
Querendo saber o que ele queria, levantei da cama e caminhei até parar na sua frente.
Meu noivo pegou outra gravata e dessa vez foi uma azul com listras. Ele então colocou ela em volta do meu pescoço e puxou me fazendo chegar mais perto dele. Notei que seus cabelos ainda estavam molhados fazendo com que alguns fios ficassem grudados na sua testa.
- Repara. - então ele começou a amarrar a gravata calmamente em volta do meu pescoço querendo me ensinar. - Não é difícil. Quando eu era pequeno gostava de ver meu pai se arrumando para ir ao escritório.
Ter ele muito perto me fez ignorar a gravata e só focar em seu rosto. Seus olhos azuis brilharam de uma forma que eu sabia que aquela lembrança que ele tinha do Damon era especial.
- Aprendeu? - Bruno perguntou, me olhando.
- Claro... - menti. - É realmente fácil.
Sabendo que eu estava mentindo, ele segurou meu rosto e me beijou enquanto um sorriso repousava em seus lábios.
- Vi na tv que abriu um parque novo aqui perto. Quando eu voltar a gente pode ir. - disse, me soltando.
- Você chega tarde. - reclamei fazendo uma careta.
- A graça de ir aos parques não é quando está de noite? - exclamou.
- Você tem razão. - sorri. - Eu aceito.
Seria bom sair um pouco com ele. E fazia anos que eu não ia a um parque de diversão.
Quando Bruno terminou de se arrumar, saímos do quarto e fomos até às gêmeas. Enquanto ele se despedia delas, desci às escadas e comecei a procurar meu celular pela sala. Ângela ia trazer o Alfredo hoje e eu precisava saber se ela já estava chegando. Não tendo sucesso, acompanhei o Bruno até o carro e quando ele abriu a porta, vi meu aparelho jogado no banco do passageiro.
- Viu, estava aqui o tempo todo. - Bruno disse, me entregando o celular.
Guardando o celular no meu bolso, observei Bruno entrar no carro e colocar o cinto de segurança.
- Até mais tarde então? - ele perguntou.
- Até. - falei, e quando ele fechou a porta me inclinei na sua direção para me despedir com um beijo. - Toma cuidado com a estrada.
Assentindo, ele ligou o carro quando me afastei. Depois que Simon abriu os portões Bruno dirigiu para fora da propriedade.
Quando seu carro sumiu da minha vista, voltei para dentro da casa e liguei meu celular vendo que tinha algumas mensagens da Ângela. Lendo uma que dizia que ela já estava a caminho, eu subi para o segundo andar. Encontrando Crystal já pronta para trabalhar, descemos com as gêmeas para o café da manhã.
- Elas aprontaram muito ontem? - perguntei, indo até o fogão para preparar o leite das duas.
- Não. Eu liguei a tv como você pediu e elas passaram um tempo assistindo até que dormiram. - contou.
Ficando aliviada com sua resposta, preparei o café das minhas filhas e fiquei com elas até que a campainha tocou.
- Eu já volto. - falei, e antes de sair da cozinha dei um beijo na cabeça da Alexia que estava mais perto da porta.
Chegando na sala, abri a porta fazendo Ângela entrar, e em suas mãos estava a casinha onde se encontrava Alfredo.
- Ei, amigo. - falei, pegando a casinha da mão dela. - Desculpa não responder suas mensagens, só consegui pegar meu celular agora.
- Está tudo bem. - Ângela disse. - E essa gravata ai?
Com minha mão livre toquei a gravata.
- Bruno estava me ensinando a colocar ela e acabei esquecendo. - falei, tirando a mesma e a jogando em cima do sofá.
Colocando a casinha no chão, abri a portinha e Alfredo saiu. Ele ignorou minha presença e caminhou até a Ângela para se esfregar nas suas pernas.
- Vocês se tornaram bem amigos, né? - falei, levantando do chão.
Ângela sorriu.
- Ele é um amor, não me contou desse lado carinhoso do seu gato.
- Eu nem sabia que ele tinha. - exclamei. - O que o veterinário falou?
- Não se preocupa que Alfredo está perfeitamente bem de saúde, mas o veterinário aconselhou a não dar muito ração pra ele.
- Pior que eu nem dou. - falei. - Ele passa o dia inteiro fora e só aparece a noite pra comer.
- Talvez ele tenha uma segunda casa.
Franzi o cenho confusa.
- Como assim?
- Gatos gostam de morar em duas casas, tem comida e carinho em dobro. - explicou. - Deve ter um vizinho aqui perto criando seu gato também.
Encarei Alfredo que ainda tentava chamar a atenção da minha amiga.
- É bem a cara dele mesmo. - falei, e apontei em direção a cozinha. - Quer tomar café?
- Obrigado, mas marquei de tomar café na casa da minha mãe. Ela disse que ando sumida. - disse.
- Então valeu por cuidar do Alfredo, me ajudou muito.
Depois de me abraçar, Ângela foi embora me fazendo fechar a porta. Voltando para a cozinha com Alfredo me seguindo, Sophie ficou agitada quando viu o gato.
Pegando ela da cadeirinha, sentei no chão com minha filha no colo para ela tocar o gato. Alfredo gostava das gêmeas, e por isso ele se aproximou deixando Sophie tocar seus pelos.
Sorri quando Sophie riu me deixando maravilhada.
Passei o resto da tarde com minhas filhas enquanto esperava ansiosamente pelo encontro que eu teria com o pai delas.
Aquele bônus para alegrar a noite de vocês. Não esquecem de voltar e boa noite, amados(a).
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Para Sempre Te Amarei
Romance"História Em Andamento" Livro Dois Intrigas, confusões, dramas, mentiras... Helena Ferraz estava acostumada com aquilo, no entanto, ela não podia encarar ou resolver as coisas como uma adolescente, não mais. Porque agora, ela é adulta, e tinha que a...