Capítulo 74: Nessa Vida Ou Na Próxima

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Assim que sai da empresa Renault, eu parei no meio da calçada e peguei meu celular na intenção de chamar um táxi

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Assim que sai da empresa Renault, eu parei no meio da calçada e peguei meu celular na intenção de chamar um táxi. Eu já tinha revelado as fotos da lua de mel, passei um tempo com o Bruno e até almocei. Agora, posso voltar para casa e passar o resto do dia com minhas filhas.

No entanto, antes que eu pudesse abrir o aplicativo, meu celular começou a tocar.

Sorri quando li na tela quem estava me ligando.

- Acabei de sair dai e já está com saudades? - perguntei, e me virei para olhar o prédio da empresa.

Tive que fechar um pouco os olhos porque apesar de já ser um pouco tarde, o sol ainda está forte lá em cima.

- Pensei melhor e decidi te levar até em casa. - revelou, meu marido.

- Não precisa, Bruno. - falei, e fiz uma careta. - Por que eu sinto que você consegue me ver dai de cima?

- Eu consigo mesmo. Você não consegue porque os vidros são escuros. - contou. - Estou descendo.

- Isso é desnecessário. Olha, eu posso ser um pouco desastrada às vezes, mas ainda consigo pedir um táxi sozinha e ir em segurança pra casa. - exclamei. - Além de que seu pai já me odeia, e só vai piorar quando descobrir que não estou te deixando trabalhar.

- Que pena, já estou entrando no elevador. - falou.

- Por que você é tão teimoso? - perguntei, sabendo que a conversa que tive com ele mais cedo acabou deixando o mesmo inquieto.

- Talvez eu só te ame e me preocupe com você. - disse, e eu consegui ouvir o barulho do elevador no fundo da ligação.

Sorri com suas palavras.

- Ok, vou entrar de novo e te esperar no hall da entrada. - exclamei, cedendo. - A gente pode aproveitar e ir até o shopping comprar um álbum.

- Pode ser, mas me espera no estacionamento. Estou indo direto pra lá.

Depois de concordar, encerrei a ligação e guardei meu celular.

Só que antes que eu tivesse a chance de voltar para dentro do prédio, uma presença masculina caminhou na minha direção.

- Só pode ser brincadeira. - resmunguei, nem um pouco feliz. - Estou sem tempo para suas gracinhas, Adam.

Ele ergueu uma sobrancelha nem um pouco incomodado com meu desprezo.

- Que forma mais deselegante de tratar alguém da família. Da última vez você pareceu mais disposta em conversar comigo. - disse, se referindo ao dia no clube.

Nesse mesmo dia eu cheguei a discutir com o Bruno justamente por esse motivo.

- Pra ser sincera, aquilo foi um erro. - falei, e quando tentei passar por ele, Adam não deixou. - Quer fazer um showzinho no meio da rua?

Para Sempre Te AmareiOnde histórias criam vida. Descubra agora