Assim que sai da empresa Renault, eu parei no meio da calçada e peguei meu celular na intenção de chamar um táxi. Eu já tinha revelado as fotos da lua de mel, passei um tempo com o Bruno e até almocei. Agora, posso voltar para casa e passar o resto do dia com minhas filhas.
No entanto, antes que eu pudesse abrir o aplicativo, meu celular começou a tocar.
Sorri quando li na tela quem estava me ligando.
- Acabei de sair dai e já está com saudades? - perguntei, e me virei para olhar o prédio da empresa.
Tive que fechar um pouco os olhos porque apesar de já ser um pouco tarde, o sol ainda está forte lá em cima.
- Pensei melhor e decidi te levar até em casa. - revelou, meu marido.
- Não precisa, Bruno. - falei, e fiz uma careta. - Por que eu sinto que você consegue me ver dai de cima?
- Eu consigo mesmo. Você não consegue porque os vidros são escuros. - contou. - Estou descendo.
- Isso é desnecessário. Olha, eu posso ser um pouco desastrada às vezes, mas ainda consigo pedir um táxi sozinha e ir em segurança pra casa. - exclamei. - Além de que seu pai já me odeia, e só vai piorar quando descobrir que não estou te deixando trabalhar.
- Que pena, já estou entrando no elevador. - falou.
- Por que você é tão teimoso? - perguntei, sabendo que a conversa que tive com ele mais cedo acabou deixando o mesmo inquieto.
- Talvez eu só te ame e me preocupe com você. - disse, e eu consegui ouvir o barulho do elevador no fundo da ligação.
Sorri com suas palavras.
- Ok, vou entrar de novo e te esperar no hall da entrada. - exclamei, cedendo. - A gente pode aproveitar e ir até o shopping comprar um álbum.
- Pode ser, mas me espera no estacionamento. Estou indo direto pra lá.
Depois de concordar, encerrei a ligação e guardei meu celular.
Só que antes que eu tivesse a chance de voltar para dentro do prédio, uma presença masculina caminhou na minha direção.
- Só pode ser brincadeira. - resmunguei, nem um pouco feliz. - Estou sem tempo para suas gracinhas, Adam.
Ele ergueu uma sobrancelha nem um pouco incomodado com meu desprezo.
- Que forma mais deselegante de tratar alguém da família. Da última vez você pareceu mais disposta em conversar comigo. - disse, se referindo ao dia no clube.
Nesse mesmo dia eu cheguei a discutir com o Bruno justamente por esse motivo.
- Pra ser sincera, aquilo foi um erro. - falei, e quando tentei passar por ele, Adam não deixou. - Quer fazer um showzinho no meio da rua?
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Para Sempre Te Amarei
Romance"História Em Andamento" Livro Dois Intrigas, confusões, dramas, mentiras... Helena Ferraz estava acostumada com aquilo, no entanto, ela não podia encarar ou resolver as coisas como uma adolescente, não mais. Porque agora, ela é adulta, e tinha que a...