Na manhã seguinte, deixei o Bruno dormindo no andar de cima com as gêmeas e fui até a cozinha. Chegando naquele cômodo, abri a geladeira e vi que não tinha quase nada. Não era surpresa, não levando em conta os dias que essa casa passou vazia.
Depois de tomar só um pouco de água, peguei um papel e uma caneta que estavam na gaveta e deixei o seguinte recado:
"Vou passar na casa da Ângela para pegar nossos animais. Sim, o Alfredo também é seu. Não vou demorar porque ainda temos que passar no mercado. As meninas são suas essa manhã."
Deixei o papel colado na geladeira e caminhei em direção a saída. Mas antes de sair, peguei as chaves do carro do Bruno que estavam na mesinha da sala.
O caminho até a casa da Ângela foi feito de forma tranquila, e eu até coloquei uma música no rádio para me ajudar a encarar aquela manhã de bom humor.
Quando cheguei na casa da minha amiga, sai do carro e caminhei até a entrada. Parei na frente da porta e bati três vezes na madeira antes da dona da casa aparecer.
- Cheguei no momento errado? - perguntei, quando vi a situação da Ângela.
Ela usava uma blusa amarela e o tecido dela estava todo manchado de preto, assim como seus cabelos. Cabelos esses que dá última vez que vi estavam coloridos.
- Claro que não. Entra. - disse, e me deu espaço.
Entrei na casa e olhei em volta procurando a Beatriz.
- Não acha que é muito cedo para pintar o cabelo? - perguntei.
Nesse momento, Beatriz apareceu e eu vi que ela segurava um pote de tinta preto.
- É só que ela resolveu fazer merda no cabelo ontem e ele quase caiu. Estou tentando resolver. - contou, a ex-ruiva.
- Resolvendo pintando mais? - questionei, confusa.
- Eu falei pra gente ir no salão. - Ângela exclamou, depois de fechar a porta.
- Não é necessário. - Beatriz, garantiu. - Minha mãe é dona de salão, eu sei bem o que estou fazendo.
- Isso é discutível. - falei.
Ângela não pareceu se importar muito com meu comentário e sentou em uma cadeira que estava perto das escadas. Beatriz ficou atrás dela e voltou a passar tinha em seus cabelos.
- Está aqui para separar a mãe de um filho? - Ângela, perguntou.
- Alfredo pode ter alguma empatia por você, mas ele ainda é meu. - falei, fazendo ela rir.
- Conta isso pra ele. - disse, querendo me provocar.
Suspirei.
- Quero meus animais sim, mas primeiro quero a ajuda de vocês. Na verdade, o apoio mesmo pra ser exata. - revelei.
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Para Sempre Te Amarei
Romance"História Em Andamento" Livro Dois Intrigas, confusões, dramas, mentiras... Helena Ferraz estava acostumada com aquilo, no entanto, ela não podia encarar ou resolver as coisas como uma adolescente, não mais. Porque agora, ela é adulta, e tinha que a...