Capítulo 59: Vivemos Como Um Casal

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Eu estava nervosa

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Eu estava nervosa.

Na realidade, nervosa não, era até um elogio. Eu estava a um passo de surtar.

Andando de um lado para o outro no segundo andar daquele salão de beleza que minha mãe alugou, tentei controlar as batidas do meu coração. Meu cabelo já estava pronto, os fios estavam presos em um coque que a cabeleireira deixou de um jeito para o véu encaixar perfeitamente. Até minha maquiagem já estava feita, e com quase tudo pronto, minha pulsação só acelerava.

Eu usava apenas um roupão e daqui a pouco minha mãe vai chegar com meu vestido de noiva.

- Se continuar assim vai acabar abrindo um buraco no chão. - Beatriz disse depois de entrar na sala.

O cômodo tinha dois sofás e um espelho grudado na parede. O lugar era agradável, mas nem isso me acalmou.

- Preciso arrumar algo para fazer ou vou pirar. - confessei, finalmente parando de andar para olhar minha amiga.

- Tenta se acalmar primeiro. - pediu, parecendo preocupada. - Você não estava assim quando te deixamos sozinha.

Suspirei.

- Eu só comecei a pensar em algumas coisas. - falei, e sentei em um dos sofás.

- Conversa comigo. - falou. - Pode te ajudar.

- Não é grande coisa. - exclamei.

- Como não? Você parece que está a um passo de surtar. - insistiu.

- Casamentos são complicados... - comecei. - Tenho medo desse passo mudar minha relação com o Bruno.

Eu estava bem, mas então comecei a pensar no casamento fracassado dos meus pais.

- Helena...

- Olha, pode parecer bobagem, mas esses pensamentos não param. Juro que tô tentando expulsar.

Era até sufocando.

- Já sei, conversa com o Bruno. - Beatriz deu a ideia. - Ele é a melhor pessoa para te entender nesse momento.

- Você acha? - perguntei, não rejeitando a ideia.

Seria bom ouvir a voz dele.

- Claro. - sorriu. - Vou até sair para você se sentir mais á vontade.

Beatriz saiu da sala me fazendo levantar do sofá. Meus pés estavam descalços, e como o tapete era fofo, eu estava confortável.

Peguei meu celular que estava dentro da minha bolsa e digitei o número do meu noivo. Bruno demorou quase um minuto para atender, o que aumentou meu nervosismo.

- Por favor, não me fala que ligou para perguntar da sua bota. - foi a primeira coisa que ele disse.

Dei uma leve risada com sua brincadeira.

Para Sempre Te AmareiOnde histórias criam vida. Descubra agora