"História Em Andamento"
Livro Dois
Intrigas, confusões, dramas, mentiras... Helena Ferraz estava acostumada com aquilo, no entanto, ela não podia encarar ou resolver as coisas como uma adolescente, não mais. Porque agora, ela é adulta, e tinha que a...
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Casamento não era algo que martelava na minha cabeça até aquela manhã de segunda feira. Eu estava na cozinha preparando o leite das crianças quando vi um comercial sobre noivas na pequena tv que tinha grudada na parede.
No comercial, a mulher com um vestido branco mostrava sua aliança e sorria feliz enquanto seu noivo a abraçava.
Quando o comercial acabou, encarei minha mão que estava a aliança de compromisso e comecei a me imaginar com uma de noivado.
Pensar no Bruno me esperando no altar enquanto nossas filhas assistiam tudo me fez sentir borboletas no estômago.
Nesse momento, Alfredo entrou na cozinha e caminhou calmamente até sua vasilha de ração.
- Será que um casamento nesse momento é algo a ser pensado? - perguntei, para o gato.
E, mostrando o rabugento que era, começou a rosnar como se me mandasse calar a boca.
Ele não gostava de ser incomodado enquanto estava comendo.
- Você tem que agradecer por ter uma dona como eu. Se fosse outra pessoa já tinha te doado para outra família.
Terminei de colocar o leite nas mamadeiras e sai da cozinha.
Três meses depois que eu tive minhas filhas, meu leite secou e buscamos outras formas de alimentar elas.
Subi às escadas e assim que entrei no quarto das gêmeas, vi o Bruno terminando de vestir a Alexia.
- Tem certeza que é só leite que você dá para elas tomarem? - perguntou, e jogou a fralda suja em uma lixeira que ficava ao lado da porta.
Eu sorri.
- Juro. - respondi, e peguei a Sophie que estava sentada no berço.
Sentei na poltrona que tinha no quarto e coloquei a mamadeira na boca da Sophie. Ela ficou calma, e enquanto mamava seus olhos não desgrudaram dos meus.
Eu sabia que não ia demorar para ela dormir.
Bruno colocou Alexia no cercadinho que estava cheio de brinquedos e sentou na cadeira que estava do outro lado do quarto.
- Seu pai? - ele perguntou, em um tom baixo quase um minuto depois.
- Está passeando pela cidade com a Camila e o John.
Eles tinham acordado bem cedo e deixaram um bilhete grudado na porta da geladeira avisando para onde estavam indo.
Bruno levantou da cadeira e se aproximou para me dar um rápido beijo.
- Vou tomar um banho antes de ir trabalhar. - falou, e caminhou em direção a porta.
O comercial do casamento passou pela minha cabeça e eu achei que seria bom conversar com ele sobre aquilo.
