Eu odiava despedidas.
Queria mesmo era que meu pai passasse mais tempo comigo, mas, eu sabia que era impossível. Ele tinha uma vida no Brasil, assim como meu lugar era aqui agora, ao lado do Bruno e das nossas filhas.
- Não fica triste. - ele pediu, quando me soltei do seu abraço. - Você não precisa mais desse velho.
- Eu sempre vou precisar de você. - garanti.
Ele sorriu.
- Você cresceu, virou uma mulher forte e mãe de duas lindas meninas. - falou, e a forma que me olhou me fez sentir vontade de chorar. - Tenho orgulho de você, Helena.
- Obrigado. - falei, e abracei ele de novo.
Era tão bom ouvir ele dizer aquilo.
A adolescente que eu fui teria gostado de ouvir aquilo da minha mãe. Mas, a adulta que virei, entendia que não valia a pena tentar recuperar uma relação que só eu fazia questão.
Camila se aproximou e me deu um rápido abraço.
- Seu pai tem razão. - ela disse, quando se afastou. - E se for nos visitar eu quero um presente, de preferência de uma loja bem chique que é para esfregar na cara daquelas vizinhas que minha enteada mora na França.
- Camila. - meu pai exclamou.
- Estou brincando. - disse, e sussurrou na minha direção. - Não estou.
Já acostumada com o comportamento da mulher do meu pai, eu me agachei para olhar o Jonh.
- Promete que vai cuidar deles para mim? - perguntei, e quando ele assentiu, dei um beijo no topo da sua cabeça.
Levantei e voltei a encarar meu pai.
- Vocês vão voltar no dia do meu casamento? - perguntei, porque a presença deles seria muito importante.
- Quem você acha que vai te levar até o altar? - disse.
Satisfeita com sua resposta, eu dei tchau pela última vez e eles caminharam até o portão de embarque.
Sai do aeroporto e estava planejando chamar um táxi quando vi minha mãe caminhar na minha direção.
E lá vamos nós.
- Eles já foram? - perguntou, e deu uma rápida olhada em direção a entrada do aeroporto.
- Queria se despedir? - devolvi a pergunta mesmo já sabendo a resposta.
- Claro que não. - respondeu. - Eu sabia que encontrar você aqui era uma ótima oportunidade para conversarmos.
- Não tenho nada para conversar com você. - falei, e quando ia erguer a mão para chamar um táxi, ela abaixou meu braço.
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Para Sempre Te Amarei
Romance"História Em Andamento" Livro Dois Intrigas, confusões, dramas, mentiras... Helena Ferraz estava acostumada com aquilo, no entanto, ela não podia encarar ou resolver as coisas como uma adolescente, não mais. Porque agora, ela é adulta, e tinha que a...