Capítulo 54: Bom De Lábia

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Depois que a Beatriz acordou, comecei a mostrar a casa para ela

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Depois que a Beatriz acordou, comecei a mostrar a casa para ela. E a cada cômodo que entrávamos, ela parecia mais admirada.

- E olha que eu já achava a antiga casa de vocês perfeita, mas essa... - falou, se jogando em um sofá. - Sonho de consumo.

Estávamos agora em uma sala que era usava para descansar, ler ou trabalhar. Lá, não tinha tv, só sofás e poltronas.

- E ela fica longe de tudo o que torna tudo melhor. - falei, sentando em uma poltrona que ficava perto das janelas.

- Agora me conta, quantos cômodos você e o Bruno já estrearam? - perguntou, com um sorriso.

- Ei. - peguei uma almofada e tentei acertar minha amiga, mas como aconteceu mais cedo com o Bruno, eu errei. - Nós não fazemos só isso.

Mesmo não sendo atingida, Beatriz tentou desviar da almofada enquanto ria.

- Não estou te julgando, Helena. Vocês dois são um belo casal, e qualquer um pode ver como tem química. - disse. - Até conversando vocês soltam faíscas.

- O que eu sinto pelo Bruno vai além de desejo carnal. - falei. - Ok, eu tenho muito tesão nele, mas não é só isso.

- Amiga, qualquer um também pode ver que você ama o Bruno. Seus olhos brilham até quando você só menciona o nome dele. - disse.

- Fica tão na cara assim?

- Muito. - afirmou. - Sem falar que na época da escola quando a gente conversava sobre casar e ter filhos você ficava assustada, como se a ideia fosse absurda. E olha você agora, vivendo tudo isso. Não é sobre o que a gente vive, é com quem vivemos.

Sorri notando como ela parecia tranquila falando sobre o amor.

- E você? Como anda o coração?

Ela deu de ombros.

- Bem.

- Qual é, Beatriz? Nossa amizade já passou dessa fase, sabe que pode conversar comigo, desabafar.

Beatriz suspirou.

- Não tenho muito o que dizer, a gente só trocou algumas mensagens e conversamos de vez em quando pelo telefone. - contou.

Só que pela forma que a Ângela fala da Beatriz, era muito mais que só mensagens e ligações. No entanto, minha amiga não queria conversar então eu ia respeitar.

- Você quer jantar? - perguntei, mudando de assunto. - As meninas estão na cozinha, assim você aproveita e vê elas.

Ela deu um pulo do sofá adorando a ideia.

- Vamos lá.

Saímos daquela sala e andamos pelo corredor até entrarmos na cozinha. Ellie estava terminando a janta enquanto Crystal estava com as meninas na mesa.

- Por favor, me fala que você agora sabe diferenciar suas filhas? - Beatriz perguntou, depois de se aproximar da cadeirinha que a Sophie estava.

Sorri.

- Agora eu sei. - falei, orgulhosa. - Alexia tem a raíz do cabelo mais escura, e Sophie tem a pele mais clara.

- Olha só, você não é um caso perdido. - falou, com humor.

Ignorei seu comentário e apresentei ela para as outras mulheres que estavam na cozinha. Depois de ver que as meninas estavam bem, eu fui atrás do Bruno.

Encontrei ele no escritório de frente para a estante de livros.

- Não vai jantar? - perguntei, depois de fechar a porta atrás de mim.

- Vou sim, só estou procurando um livro infantil para ler mais tarde para as gêmeas. - falou.

Franzi o cenho.

- E tem livro infantil nessa estante? - questionei, surpresa.

Jurava que só tinha livros para adultos, ou algo do tipo.

- Sim, tem de tudo. - falou, e pegou um livro. - Será que elas vão gostar de A Bella adormecida?

- Acho que sim, talvez ajude elas a dormirem rápido. - falei.

Ele se afastou da estante e colocou o livro em cima da mesa.

- Está tudo bem com sua amiga? Você parece tensa. - ele comentou, como sempre, mostrando que me conhece bem.

- Beatriz está bem, eu só acho que ela não vai lidar bem com os sentimentos da Ângela.

Ângela estava disposta e Beatriz muito fechada. Eu só quero que as duas fiquem bem.

- Olha, se elas se gostam, vão arrumar um jeito de ficarem juntas. Podem começar só como amigas, e então deixar rolar. - falou, e se encostou na mesa.

- Como amigas? - perguntei, lembrando de uma coisa. - Amigos se beijam, sabia?

- Acredita nisso? - exclamou, e parecia achar aquilo sem sentido.

Franzi o cenho confusa com sua reação.

- Foi você quem me disse isso. - lembrei ele.

Ele sorriu parecendo finalmente me entender.

- Helena, eu falei aquilo para agarrar você.

- Então tudo fazia parte da sua lábia? - perguntei.

- Claro, você ficou com aquela bobagem da gente virar amigos, eu tive que arrumar um jeito de me aproximar. - falou, nem um pouco culpado.

- Você é um babaca.

Rindo, ele se aproximou e tocou meu rosto.

- Essa é a nossa última noite juntos como noivos, você não pode dormir com raiva de mim. - falou.

Amanhã ia começar toda a preparação do casamento, dois dias separados e então eu só encontraria o Bruno de novo no altar.

- Não estou com raiva.

Na verdade, eu já tinha feito coisas naquela época bem piores, então a história do Bruno era fichinha.

Ficamos um pouco mais no escritório e quando o jantar ficou pronto, Bruno me acompanhou até a cozinha.

O dia de amanhã prometia e eu estava ansiosa para isso.



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Ah, eu voltei e com isso o alerta que estamos perto do casamento.

Desculpem pelos erros, amanhã eu dou mais uma revisada.

Até mais.

Para Sempre Te AmareiOnde histórias criam vida. Descubra agora