Alguns minutos depois que o Bruno saiu, minha mãe bateu na porta do quarto.
- Achei que fosse ficar em um dos quartos de hóspedes... já que você deixou muitas vezes claro que odiou a decoração desse quarto. - disse, e reparei que ela ainda não tinha se arrumado para dormir.
Suas jóias brilhavam de uma forma que prendiam minha atenção.
- Eu não me importo mais com isso. É só um quarto. - falei. - Quer alguma coisa?
- Só desejar boa noite.
Sua resposta me surpreendeu.
- Está sendo legal comigo. Por que?
- Acha isso ruim? - quis saber.
Dei de ombros.
- Só não estou acostumada com toda essa simpatia. - exclamei.
- Entendo. - disse. - Mas de qualquer forma eu só vim desejar boa noite mesmo. Até amanhã.
Com isso, ela se afastou da porta e começou a andar pelo corredor até chegar em seu quarto.
Cansada de esperar pelo meu noivo, desci até o primeiro andar encontrando a Lúcia na cozinha.
- Achei que já tinha ido se deitar. - falei, para a mulher mais velha.
- Eu só estava terminando de guardar a louça. - contou. - Você quer alguma coisa?
- Alguma coisa gelada, estou com calor.
Ela sorriu.
- Calor? Com esse ar condicionado a casa inteira está gelada.
Senti minha pulsação acelerar quando o motivo da minha temperatura ter subido invadiu meus pensamentos. Pensar que nesse momento ele estava sem roupa tomando banho não ajudou muito.
- Pois é, muito estranho. - exclamei, desviando meus olhos dos seus. - Tem sorvete?
- Sim.
- Pode ir deitar, eu mesmo pego.
Assentindo, Lúcia tirou seu avental e me desejou boa noite antes de sair me deixando sozinha. Andando até a geladeira, abri ela e peguei um pote de sorvete de sabor morango. Pegando uma colher, sentei na cadeira e coloquei o pote de sorvete em cima da mesa.
Estava tão distraída comendo que só percebi que o Bruno tinha entrado na cozinha quando ele colocou as mãos nos meus ombros. Ficando parada, senti sua respiração na minha bochecha quando ele se inclinou na minha direção.
- Fiquei te esperando. - ele exclamou, em um tom baixo.
- Te deixei decepcionado? - perguntei.
Tirando suas mãos dos meus ombros, Bruno sentou do meu lado para me olhar.
- Nem um pouco. - respondeu. - Ainda com essa mania de comer sorvete no frio?
Antes de responder, comi um pouco mais do sorvete enquanto um sorriso brincava em meus lábios.
- Vai dizer que não quer?
Cruzando seus braços na mesa, ele se inclinou na minha direção.
- Um pouco.
Pegando um pouco do sorvete com a colher, coloquei na boca do Bruno amando ver como seu pomo de adão subiu e desceu.
Enquanto ele terminava de engolir, olhei em volta lembrando de uma coisa.
- O que foi? - Bruno perguntou, notando meu interesse.
- A primeira vez que você disse que me ama foi aqui. - revelei meus pensamentos.
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Para Sempre Te Amarei
Romance"História Em Andamento" Livro Dois Intrigas, confusões, dramas, mentiras... Helena Ferraz estava acostumada com aquilo, no entanto, ela não podia encarar ou resolver as coisas como uma adolescente, não mais. Porque agora, ela é adulta, e tinha que a...