Capítulo 18: Novo Lar

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Alguns dias depois

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Alguns dias depois.

Estava terminando de dobrar minhas roupas na mala quando meu notebook acendeu indicando um convite para chamada de vídeo. Pegando o aparelho de cima da cômoda e colocando na cama, eu atendi fazendo o rosto da Beatriz aparecer na tela.

- Atrapalho? - ela perguntou, e notei que a mesma usava uma touca vermelha.

Sentei na cama e cruzei as pernas antes de responder.

- Não, tava só arrumando minhas coisas. Vamos nos mudar hoje. - contei, animada.

Bruno estava no quarto das gêmeas fazendo a mesma coisa.

- Já? Achei que tivesse gostado dessa casa. - disse, parecendo confusa.

- Eu gostei, mas é bom sempre mudar. - falei, escondendo minha pequena discussão com a Sofia. - Mas me fala, qual o motivo da ligação?

- Então, falando em mudar... - ela tirou a touca me fazendo ver que seus cabelos ruivos agora estavam pretos. - Eu mudei.

Fiquei os próximos segundos quieta por causa da surpresa. Beatriz era ruiva natural, então nunca passou pela minha cabeça que ela um dia pudesse pintar o cabelo.

- O que achou? - perguntou, preocupada. - Ângela disse que ficou bonito, mas ela poderia só estar sendo gentil. Aí meu Deus, eu fiz merda, né?

- Calma, eu só fiquei surpresa. - falei, não gostando da sua insegurança. - Ficou perfeito.

Suspirando, ela colocou uma mecha de cabelo atrás da orelha.

- Minha mãe odiou. Mas eu já tenho quase 22 anos, então não tinha porque ela me impedir. - exclamou.

Eu sorri.

- Daqui a pouco ela se acostuma. O importante é você estar se sentindo bem.

Ela assentiu.

- Verdade. Mas e você? Tirando a mudança, está acontecendo mais alguma coisa? - perguntou.

- Bom... - engoli em seco. - Minha menstruação está atrasada.

Ela arregalou os olhos.

- Mas já? Achei que fosse esperar mais um pouco para engravidar de novo.

- Não, pelo amor, não estou grávida. Só atrasada. - falei, querendo estar certa.

- Sei.

- Quer parar? Já estou paranóica o suficiente.

- Quantos dias de atraso? Dependendo já dá pra comprar o teste. - ela disse.

- Eu já comprei o teste. - contei.

Nesse momento, ouvi um choro no quarto das gêmeas que me fez olhar em direção a porta.

- Vou deixar você terminar de arrumar as malas. - Beatriz falou. - Amanhã a gente conversa mais um pouco.

- Espera, você disse que a Ângela falou que você estava bonita...

E, sem esperar, ela encerrou a chamada de vídeo me fazendo rir.

Eu sentia que tava rolando alguma coisa, mas não ia me intrometer.

Depois de fechar meu notebook, andei até o quarto das minhas filhas. As duas estavam dentro do cercadinho enquanto meu noivo guardava suas roupas na mala.

- Precisa de ajuda? - perguntei, me aproximando dele.

- Não, já terminei. - disse, fechando a grande mala preta.

Olhei para os dois berços e franzi o cenho.

- Vamos realmente deixar todos esses móveis aqui? - questionei.

- Falei para não se preocupar com os móveis. - disse.

- Como não vou me preocupar? Você gastou uma fortuna para ter eles.

- Não importa.

Notando como ele estava tranquilo, eu cruzei os braços.

- Playboy.

Olhando na minha direção, ele ergueu uma sobrancelha.

- Como é?

Segurando minha cintura, me puxou encostando nossos corpos. Aceitando seu toque, apoiei minhas mãos em seu peito.

- Vou passar o resto dos meus dias dando tudo que vocês merecem. - falou. - E ainda vai ser pouco.

- Sabe que eu não me importo com isso.

Eu só precisava dele e das nossas filhas. Coisas matérias eram irrelevantes ao lado deles.

Duas horas depois, nossas roupas já estavam nas malas e o closet vazio. Bruno estava colocando tudo no carro e eu aproveitei para usar o banheiro.

Encarei minha imagem no espelho depois de deixar o teste de gravidez em cima da pia. Eu tinha comprado ele ontem e estava enrolando para usá-lo.

Vamos lá.

Lembrando direitinho como eu tinha feito da última vez, eu mijei e coloquei o teste no lugar como indicava a bula.

Cinco minutos depois, eu peguei o teste e olhei o resultado sentindo um frio na barriga.

Negativo.

Tinha dado negativo.

- Helena. - Bruno bateu na porta me fazendo tomar um susto.

- Oi... - falei, enrolando o teste em um pedaço de papel higiênico.

- Tem mais alguma coisa para colocar no carro? - perguntou.

- Não, já te entreguei tudo. - respondi. - Pode ir colocando as meninas nas cadeirinhas, já estou descendo.

Quando ele se afastou, joguei o teste no lixo sentindo um alívio no peito.

- Obrigado. - falei, sem saber ao certo quem eu estava agradecendo.

Sabia que para ter certeza que eu não estava grávida tinha que ir ao médico. Mas, no momento, aquele teste me acalmou.

Depois de lavar as mãos eu saí do banheiro e desci as escadas. Encontrei meu noivo do lado de fora arrumando as meninas no banco de trás.

Antes de andar até ele, encarei nossa primeira casa sabendo que eu tinha feito boas memórias nela. E sorri sabendo que na nossa nova casa as memórias seriam melhores ainda.

- Vamos? - Bruno perguntou, quando me viu.

- Tenho que pegar o Alfredo. - falei. - Vai ser rápido.

Entrei novamente na casa e encontrei o gato ao lado do sofá. Ele não tentou correr tornando a tarefa de pegar ele no colo mais fácil.

- Sei que gosta daqui, mas está na hora de ir embora. - falei, acariciando sua cabeça. - Um novo lar nos espera.

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Para Sempre Te AmareiOnde histórias criam vida. Descubra agora