- Você sabe se é fêmea ou macho? - Crystal perguntou, ao meu lado enquanto eu empurrava o carrinho das meninas.
Tinhamos acabado de descer do táxi e estávamos caminhando até a casa da irmã do Rodrigo. Hoje é o dia de finalmente pegar o novo membro da família.
- Ela mandou uma mensagem falando que é macho. - contei, lembrando do SMS que a irmã do Rodrigo me enviou. - Mas eu não me importo muito.
O importante é o animal, e como minhas filhas iam reagir a ele.
Quando Alexia fez um barulho alto no carrinho, parei de andar e fiquei na frente das gêmeas.
- O que foi? - perguntei, vendo que Sophie estava tranquila ao lado da irmã.
Peguei Alexia e Crystal assumiu o comando do carrinho que agora só tinha Sophie. Alexia deitou a cabeça no meu ombro e voltei a andar.
- Alfredo é um gato muito complicado, ele talvez não goste muito do novo amigo. - Crystal exclamou, com humor na voz.
- Ele nem passa muito tempo em casa mesmo. - eu disse, e senti Alexia puxando meu cabelo. - Falando nisso, você tem alguma ideia de onde ele pode estar se enfiando quando não está em casa?
Crystal deu de ombros.
- Depois de atravessar a mata que tem atrás da casa de vocês, tem outra propriedade. O dono é um ex amigo do antigo patrão da minha mãe. - contou. - Alfredo talvez fique lá.
- E esse amigo do antigo patrão da sua mãe é legal? - perguntei, preocupada pelo Alfredo.
- É sim. - disse, sorrindo.
Sua resposta me acalmou um pouco, mas segui desconfiada.
Por mais que Alfredo seja rabugento, eu gosto dele.
Quando paramos no portão da casa da irmã do Rodrigo, toquei a campainha. A mulher apareceu quase um minuto depois com um sorriso no rosto.
- Você veio mesmo. - ela disse, parecendo feliz.
- Claro que sim. - respondi, quando ela abriu o portão.
- É que algumas pessoas marcam de pegar os filhotes e depois voltam atrás. - explicou, sua surpresa. - Entrem.
Passamos pela entrada e a mulher cumprimentou Crystal. Andamos até sua casa e assim que entramos, vi um filhote de cachorro bem pequeno brincando com um ursinho. Alexia que estava no meu colo ficou agitada, assim como Sophie.
Elas tinham gostado do cachorro.
- Suas meninas gostaram dele. - a mulher exclamou, também notando. - Ele é bem dócil então não se preocupe.
E foi olhando o animal ainda brincando que tive certeza que estava fazendo a coisa certa.
Ele agora é da família.
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Quando chegamos em casa, soltei o filhote na sala e ele começou a cheirar os móveis. Seus pelos eram brancos e só sua orelha direita carregava uma mancha marrom.
- Vou levar as meninas para a cozinha, já está na hora do almoço. - Crystal avisou, e saiu da sala levando o carrinho com minhas filhas dentro.
Eu também estava pensando em ir almoçar, mas tinha que ver como o filhote ia se adaptar.
- Ainda não escolhi um nome para você. - falei, quando ele tentou pegar algo que tinha em baixo do sofá. - Mas levando em consideração meu histórico para nomes, vou deixar isso para o Bruno.
O cachorro ficou mais agitado e eu acabei agachando para ver o que tinha em baixo do sofá.
Era o Alfredo.
- Te trouxe um amigo, agora você não me acha a melhor dona desse mundo? - perguntei.
Levantei do chão e deixei o filhote tentando pegar o Alfredo. Tinha que arrumar um lugar para ele dormir, e também outra caixa de areia para ele fazer suas necessidades. Ração tinha porque comprei ontem já me preparando. No final, acabei pegando uma caminha que o Alfredo não usava mais e deixei na sala para o filhote dormir.
- Você já pode deitar agora. - falei, depois de colocar a água e o pote de ração ao lado da caminha. - Só não estraga porque só vou comprar outra amanhã.
O filhote se aproximou e passei a mão em seus pelos sentindo a maciez.
Eu sentia como se aquele cachorro tivesse preenchido o que faltava na minha família para ela ficar completa.
Agora era só o Bruno voltar de viagem para tudo ficar melhor.
Capítulo curtinho, mas só pra mostrar que não sumi. E já tô escrevendo o próximo onde o Bruno já está de volta.
Até.
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Para Sempre Te Amarei
Romance"História Em Andamento" Livro Dois Intrigas, confusões, dramas, mentiras... Helena Ferraz estava acostumada com aquilo, no entanto, ela não podia encarar ou resolver as coisas como uma adolescente, não mais. Porque agora, ela é adulta, e tinha que a...