Capítulo 16: Tempestade

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Por mais que eu tentasse prestar atenção no que a Sam, mãe da Ângela, falava, minha atenção estava na bagunça que minhas filhas faziam na outra sala

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Por mais que eu tentasse prestar atenção no que a Sam, mãe da Ângela, falava, minha atenção estava na bagunça que minhas filhas faziam na outra sala.

Estava ficando preocupada da babá da Sarah não estar dando conta.

- Não se preocupe, Ana sabe lidar com crianças. - Sarah, garantiu notando minha preocupação.

Conseguindo ouvir os gritos das meninas, olhei em direção a porta fechada.

- Eu acho...

- Confia, Ana cuidou de mim quando eu era criança. Ela sabe o que está fazendo. - Ângela, disse, sentada ao meu lado.

Era a primeira vez que ela me acompanhava em um evento na casa da Sarah. Era bom ter ela ali porque por mais que eu gostasse das outras mulheres, minhas conversas com a Ângela eram mais soltas.

- Tudo bem. - falei, relaxando no sofá.

Voltando a prestar atenção na Sam, percebi que ela falava da filha.

- Agora todo homem que tenta se aproximar ela o rejeita. - disse, não parecendo muito feliz. - É inacreditável. Assim nunca vai casar.

- Mas eu não quero casar. - a garota de cabelo colorido afirmou. - Que insistência essa sua.

- Então você prefere passar o resto da vida sozinha?

- Mon Dieu, falando assim parece que tenho 70 anos. Não exagera.

Sabendo que minha amiga estava nervosa, toquei seu ombro.

- Olha a Helena, vai fazer um bom casamento e tem duas lindas meninas. - Sam, me meteu no assunto deixando o clima mais pesado.

Ângela sorriu sem humor nenhum.

- Cansei dessa conversa. Se vocês me dão licença. - ela levantou do sofá e caminhou e direção a cozinha.

- Vou falar com ela. - avisei.

Chegando na cozinha, vi que a Ângela estava procurando alguma coisa no armário.

- Agora você sabe porque eu odeio aparecer aqui. Ela ama me constranger na frente de todo mundo. - disse, e bateu a porta do armário parecendo irritada. - Jurava que as garrafas de bebida ficavam por aqui.

- Mães podem ser cegas as vezes. - falei, lembrando da minha.

Achando uma garrafa, ela abriu e virou de uma vez o líquido na boca não se importando com um copo.

- Minha mãe é sempre cega. Ela quer controlar minha vida, não vejo a hora de finalmente sair de casa.

O que ela não sabia ainda é que sair de casa não significava nada. Nossas mães sempre iam nos perturbar. Ou, para outras filhas, proteger.

Quando percebi que ela estava mais calma, voltamos para a sala e sentamos em um sofá um pouco afastado das outras mulheres.

- Já está planejando outro bebê, Helena? - Heloísa, perguntou, sorrindo.

Para Sempre Te AmareiOnde histórias criam vida. Descubra agora