Por mais que eu tentasse prestar atenção no que a Sam, mãe da Ângela, falava, minha atenção estava na bagunça que minhas filhas faziam na outra sala.
Estava ficando preocupada da babá da Sarah não estar dando conta.
- Não se preocupe, Ana sabe lidar com crianças. - Sarah, garantiu notando minha preocupação.
Conseguindo ouvir os gritos das meninas, olhei em direção a porta fechada.
- Eu acho...
- Confia, Ana cuidou de mim quando eu era criança. Ela sabe o que está fazendo. - Ângela, disse, sentada ao meu lado.
Era a primeira vez que ela me acompanhava em um evento na casa da Sarah. Era bom ter ela ali porque por mais que eu gostasse das outras mulheres, minhas conversas com a Ângela eram mais soltas.
- Tudo bem. - falei, relaxando no sofá.
Voltando a prestar atenção na Sam, percebi que ela falava da filha.
- Agora todo homem que tenta se aproximar ela o rejeita. - disse, não parecendo muito feliz. - É inacreditável. Assim nunca vai casar.
- Mas eu não quero casar. - a garota de cabelo colorido afirmou. - Que insistência essa sua.
- Então você prefere passar o resto da vida sozinha?
- Mon Dieu, falando assim parece que tenho 70 anos. Não exagera.
Sabendo que minha amiga estava nervosa, toquei seu ombro.
- Olha a Helena, vai fazer um bom casamento e tem duas lindas meninas. - Sam, me meteu no assunto deixando o clima mais pesado.
Ângela sorriu sem humor nenhum.
- Cansei dessa conversa. Se vocês me dão licença. - ela levantou do sofá e caminhou e direção a cozinha.
- Vou falar com ela. - avisei.
Chegando na cozinha, vi que a Ângela estava procurando alguma coisa no armário.
- Agora você sabe porque eu odeio aparecer aqui. Ela ama me constranger na frente de todo mundo. - disse, e bateu a porta do armário parecendo irritada. - Jurava que as garrafas de bebida ficavam por aqui.
- Mães podem ser cegas as vezes. - falei, lembrando da minha.
Achando uma garrafa, ela abriu e virou de uma vez o líquido na boca não se importando com um copo.
- Minha mãe é sempre cega. Ela quer controlar minha vida, não vejo a hora de finalmente sair de casa.
O que ela não sabia ainda é que sair de casa não significava nada. Nossas mães sempre iam nos perturbar. Ou, para outras filhas, proteger.
Quando percebi que ela estava mais calma, voltamos para a sala e sentamos em um sofá um pouco afastado das outras mulheres.
- Já está planejando outro bebê, Helena? - Heloísa, perguntou, sorrindo.
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Para Sempre Te Amarei
Romance"História Em Andamento" Livro Dois Intrigas, confusões, dramas, mentiras... Helena Ferraz estava acostumada com aquilo, no entanto, ela não podia encarar ou resolver as coisas como uma adolescente, não mais. Porque agora, ela é adulta, e tinha que a...