Quatro horas da tarde quando estávamos voltando para casa, Alex começou a chorar no banco de trás.
- Talvez ela esteja com fome. - Bruno sugeriu, enquanto uma de suas mãos segurava o volante.
O trânsito estava horrível e daqui a pouco eu que ia começar a chorar.
- Não, ela já comeu. - contei, lembrando do almoço que foi servido para as crianças no clube. - Ela está entediada, e não posso culpa-la. A porra desse sinal não quer abrir.
Nesse momento, o carro que estava atrás do nosso começou a buzinar me deixando mais estressada.
Ele queria que a gente saísse voando por acaso?
Alex começou a chorar mais alto me fazendo procurar algo no carro que pudesse distrai-la. Só que todos os brinquedos que eu entregava para ela minha filha jogava longe.
Eu não tinha mais ideia do que fazer.
- Não vai conseguir acalma-la se você mesmo não se acalmar. - Bruno disse, e me olhou rapidamente.
- Como posso me acalmar se esse cara atrás da gente não para de buzinar? - questionei. - Mais uma dessas e eu mando ele pra casa do caralho.
O sinal abriu finalmente e Bruno voltou a dirigir. Só que Alex ainda continuava berrando.
Me ajoelhando no banco, virei para minha filha e sorri querendo passar tranquilidade para ela.
- Meu anjo, o que você quer? Ajuda a mamãe e fica quietinha. - falei, com a voz mansa. - Faz como sua irmã, por favor.
- Já estamos chegando. Em casa ela vai ficar mais calma. - meu noivo disse.
- Estamos chegando em mais um sinal fechado só se for. - resmunguei.
- Tem que parar de falar palavrão perto delas.
- Eu sei... Só saiu. - suspirei.
- O que é normalmente sua desculpa para tudo.
Não querendo brigar com ele, voltei a sentar corretamente no banco e fechei os olhos para contar até três.
Alguns minutos depois, Bruno parou o carro na frente do portão da nossa casa. No entanto, quando entramos na propriedade e eu fui tirar o cinto de segurança, ele disse:
- Fica ai. Eu levo elas para dentro.
Franzi o cenho surpresa com seu tom de voz.
- Como é?
- Fica no carro, eu já volto. - repetiu, e assim que ele saiu, abriu a porta do banco de trás e tirou Alex do carrinho.
- Não estou entendendo. - falei.
- Não está porque você só sabe falar. Me escuta pelo menos uma vez e fica no carro. - disse, me olhando. - Não vou demorar.
Com Alex já em seu colo, Bruno se afastou do carro. Crystal estava parada perto da entrada esperando ele se aproximar. Depois de entregar nossa filha para a babá, ele voltou para perto do carro.
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Para Sempre Te Amarei
Romance"História Em Andamento" Livro Dois Intrigas, confusões, dramas, mentiras... Helena Ferraz estava acostumada com aquilo, no entanto, ela não podia encarar ou resolver as coisas como uma adolescente, não mais. Porque agora, ela é adulta, e tinha que a...